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quarta-feira 1 de janeiro de 2020 às 19:15h

Pesquisa diz que caiu apoio da população à democracia no Brasil e apoio à ditadura militar subiu

NOTÍCIAS


O apoio à democracia como melhor forma de governo no Brasil caiu sete pontos percentuais durante primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro: de 69%, em 2018, para 62% em 2019, segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta-feira (1º).

Já o grupo para quem tanto faz se o governo é democrático ou ditatorial aumentou, passando de 13%, em 2018, para 22%. O percentual dos que preferem uma ditadura permaneceu estável em relação ao ano passado, representando 12% dos entrevistados.

Por outro lado, houve um aumento na parcela da população que avalia que não há chance de ocorrer uma nova ditadura, passando de 42%, em 2018, para 49%. A parcela dos que acreditam que pode ocorrer novamente uma ditadura no país é 46%.

A mesma pesquisa foi realizada pelo Datafolha durante a semana do primeiro turno das eleições presidenciais, em outubro de 2018.

Ditadura

O Datafolha também questionou a percepção popular em relação à ditadura militar brasileira (1964-1985) e descobriu que 59% dos entrevistados reprovam o governo militar; 30% aprovam o regime; 12% não souberam responder.

No ano passado, 51% reprovavam a ditadura ocorrida no país, ou seja, houve um aumento de oito pontos percentuais.

Em relação aos que aprovam, 30% dos entrevistados consideram que a ditadura deixou um legado positivo, enquanto que 12% não souberam responder.

Ato Institucional nº 5

Segundo o Datafolha, a maioria dos brasileiros desconhece o Ato Institucional nº 5 (AI-5): 65% dos entrevistados disseram desconhecer o AI-5 e apenas 35% afirmaram ter ouvido falar do ato.

O AI 5 foi uma medida editada em 1968 para endurecer a ditadura militar. O ato fechou o Congresso Nacional e suspendeu todos os direitos políticos da população

Durante o primeiro ano do governo de Bolsonaro, o AI-5 foi invocado em três ocasiões por pessoas do círculo do presidente. Além do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do general Augusto Heleno, que chefia o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo defendeu a aplicação da medida para eventualmente silenciar a oposição.

O Datafolha ouviu 2.948 pessoas nos dias 5 e 6 de dezembro, em 176 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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