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quinta-feira 8 de setembro de 2022 às 10:41h

Europa registra o verão mais quente da história

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A Europa registrou o verão mais quente de sua história em 2022, ano marcado por vários episódios meteorológicos extremos, que segundo os cientistas estão vinculados à mudança climática.

As temperaturas médias foram as “mais elevadas, tanto para o mês de agosto como para todo o verão”, e superaram os registros de 2021, que eram os recordes anteriores, informou o serviço de vigilância por satélite Copernicus em um comunicado.

O mês de agosto foi o mais quente no continente por uma “margem considerável”, superando o de agosto de 2021 em 0,4ºC.

O aumento de temperatura de 0,4ºC também foi registrado em junho e julho.

Nos três meses do verão no hemisfério norte (junho-agosto) as temperaturas superaram em média 1,34ºC os valores do período 1991-2020. No caso particular de agosto, a alta foi de 1,72ºC.

“Uma intensa série de ondas de calor em toda a Europa, combinadas com condições excepcionalmente secas, levaram a um verão de extremos, com recordes em termos de temperatura, secas e incêndios florestais em muitas partes da Europa”, explicou Freja Vamborg, diretora científica do sistema de vigilância sobre mudança climática.

“Os dados mostram que não apenas tivemos temperaturas recordes em agosto na Europa, e sim em todo o verão, e que o recorde anterior tinha apenas um ano”.

O programa Copernicus utiliza uma série de satélites chamados Sentinel. O primeiro deles foi lançado em 2014, mas a base de dados climáticos foi iniciada em 1979.

O Copernicus já havia alertado em meados de agosto que o balanço provisório na Europa superava 660.000 hectares queimados.

A zona mais afetada pelos incêndios foi a península ibérica. Na Espanha, que sofreu duas grandes ondas de calor entre junho e agosto, 246.278 hectares foram incendiados, de acordo com dados provisórios.

Vários países superaram os recordes de calor nacionais, como o Reino Unido, que registrou pela primeira vez 40ºC.

E as secas forçaram restrições no uso da água não apenas no sul do continente europeu, como é tradicional durante o verão, mas também em cidades de países como a França, algo preocupante.

De acordo com dados do Observatório da Seca da Comissão Europeia, 47% da superfície do continente está sob vigilância por causa do fenômeno.

Os cientistas alertam há anos que as consequências da mudança climática serão mais intensas à medida que as temperaturas médias aumentarem.

O Acordo de Paris de 2015, principal tratado sobre mudanças climáticas, estabelece o objetivo de manter o aquecimento da atmosfera “bem abaixo” de 2ºC e DE preferência a 1,5ºC em comparação com a era pré-industrial, quando começaram as emissões de gases do efeito estufa em larga escala.

De acordo com os dados mais recentes, o aquecimento do planeta chegou a 1,2ºC (aumento da temperatura média) e tudo indica que os termômetros seguem para um aumento de 2,7ºC, o que seria “catastrófico” segundo os cientistas.

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