O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 0,9 ponto na passagem de fevereiro para março, para 90,4 pontos, informou nesta quarta-feira, 27 a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador cresceu 0,4 ponto, a quarta elevação consecutiva.
“A confiança do comércio sobe em março exclusivamente influenciada pela alta no índice de expectativas, o qual tem oscilado nos últimos meses, mostrando cautela por parte dos empresários. Por outro lado, houve piora pouco expressiva nas avaliações sobre o momento atual, causada pela percepção da demanda. Apesar disso, o primeiro trimestre do ano se encerra de forma positiva, indicando um cenário relativamente mais favorável em comparação ao final de 2023. O avanço do mercado de trabalho, da confiança dos consumidores e da redução do endividamento das famílias, fatores diretamente ligados ao consumo, ainda são elementos-chave para a recuperação do setor”, avaliou Geórgia Veloso, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em março, a alta na confiança foi disseminada nos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 0,3 ponto, para 93,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 2,0 pontos, para 88,3 pontos.
Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o item que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses subiu 2,1 pontos, para 87,0 pontos, e as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses avançaram 1,7 ponto, para 89,9 pontos.
No ISA-COM, o item que avalia o volume de demanda atual caiu 1,3 ponto, para 93,7 pontos, após alta de 6,3 pontos no mês anterior. As avaliações sobre a situação atual dos negócios cresceram 0,8 ponto, segundo mês consecutivo de melhora, para 92,5 pontos.
“Apesar da recente flutuação, a confiança do comércio encerra o primeiro trimestre 1,9 ponto acima do imediatamente anterior”, aponta a FGV. “A confiança do comércio inicia 2024 com ganhos, mas apesar dos resultados positivos no ambiente macroeconômico de 2023, o nível dos indicadores sugere cautela com os próximos meses”, completou.
A Sondagem do Comércio de março coletou informações de entre os dias 1º e 25 do mês.