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Ex-senador Telmário Mota foi preso em Goiás — Foto: Polícia Militar de Goiás
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terça-feira 31 de outubro de 2023 às 18:12h

Denúncia anônima, fuga para Goiás e perseguição: como foi a prisão do ex-senador Telmário Mota

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Suspeito de ter mandado matar a ex-esposa, o ex-senador Telmário Mota de Roraima foi preso na noite da última segunda-feira (30) em Nerópolis, a mais de quatro mil quilômetros de Boa Vista, onde ocorreu o crime. Alvo de um mandado de prisão expedido em seu estado no início da manhã, Telmário passou o dia foragido, após ter fugido para Goiás. Nesta terça-feira, a Polícia Civil faz buscas na casa de Suzete Mota, atual mulher do ex-senador.

Segundo informações da polícia, o ex-senador usou um voo comercial para chegar a Brasília, e depois ônibus para Goiás, onde foi preso. Em Nerópolis, ele foi abrigado na residência de uma amiga. Foi quando a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima sobre a presença de Telmário no estado e iniciou uma operação que possibilitasse a detenção.

De acordo com descrição da PM, durante as buscas, um dos agentes percebeu uma movimentação suspeita em um veículo que tentava estacionar na frente de uma casa, mas quando avistou os policiais, fugiu do local. O episódio deu início a uma perseguição que durou alguns blocos de distância. O passageiro dentro do carro era de fato Telmário Mota, que foi detido e levado à Delegacia de Investigação de Homicídios.

Telmário Mota é acusado de ter mandado matar sua ex-mulher, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos. Pouco antes das eleições, em agosto de 2022, a filha de 17 anos de Telmário com Antônia o acusou de estupro, e registrou um boletim de ocorrência contra o ex-parlamentar. Na ocasião, a adolescente afirmou que ele a forçou a entrar no carro e tocou suas partes íntimas.

De acordo com a Polícia Cívil, Antônia foi assassinada com um tiro na cabeça na manhã do dia 29 de setembro, em Boa Vista, capital de Roraima, três dias antes de prestar depoimento como testemunha no caso de sua filha. O homem que a matou estava de motocicleta e atirou após ela ter atendido quando ele a chamou pelo nome.

Até o momento, além do ex-senador, o executor foi preso e a assessora Cleidiane Gomes da Costa, quem teria conseguido a arma de fogo do crime, está sendo acompanhada por tornozeleira eletrônica. O sobrinho do ex-senador, apelidado de “Ney Mentira”, segue foragido.

Na fazenda em que o assassinato teria sido planejado, os agentes prenderam um caseiro que estava com uma espingarda e, por isso, foi autuado por posse ilegal de armas. No local, dinheiro, documentos, aparelhos eletrônicos e alvos de tiros que estavam fincados em uma árvore foram apreendidos. De acordo com depoimentos, o executor teria treinado a mira, atirando na planta.

Quem é Telmário Mota

Formado em economia e contabilidade, antes do Senado Federal, entre 2008 e 2012, Telmário foi vereador de Boa Vista. Ele assumiu a vaga por ter ficado como primeiro suplente na eleição municipal de 2004.

À época, o ex-senador era filiado ao PDT. Em 2017, contudo, terminou expulso da sigla por ter votado a favor da PEC do teto dos gastos públicos. Com a saída definida, Telmário começou a indicar que iria pedir filiação ao PTB, partido chefiado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson.

A filiação ao PTB foi confirmada em fevereiro de 2017. Nas eleições do ano seguinte, ele foi candidato ao governo de Roraima pelo partido, mas ficou em último lugar no páreo, com menos de dez mil votos. Durante a campanha, o parlamentar se dizia “doido” e pedia para que a população do estado o desse uma chance por isso.

No ano seguinte, filiou-se ao PROS. Após o perder o pleito de 2022, contudo, deixou o partido e migrou para o Solidariedade, sigla da qual se desfiliou no último dia 17.

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