As regras de funcionamento do Conselho de Ética podem jogar a relatoria do caso de Eduardo Bolsonaro naquele colegiado no colo de um deputado do Centrão, publicou a revista Veja neste domingo (3).
Pelos critérios de escolha de um relator, quase metade dos 21 titulares do órgão – 10 deles – podem ser considerados impedidos de tocar o caso que o filho do presidente mostrou-se saudoso do AI-5 e sugeriu sua reedição no país.
Senão, vejamos: cinco partidos da oposição e de esquerda – PT, PSOL, PSB, PDT, e PCdoB – já manifestaram que irão protocolar a representação contra Eduardo no conselho. O partido autor da ação está impedido, por razão lógica, de ter o relator. Nesse caso, seriam seis a menos, número de parlamentares dessas legendas ali.
Outro critério de exceção de relatoria: não pode ser ninguém do mesmo estado do representado. No caso, de São Paulo. Menos dois nessa conta.
Terceira razão de impedimento de acordo com a publicação, é que não pode ser ninguém do mesmo partido, no caso o PSL, legenda de Eduardo. Menos dois, de novo.
Ao todo, 10 dos 21 titulares – há outros 22 suplentes – não poderiam ser indicados.
Como o presidente, Juscelino Filho (DEM-MA), comandará o processo e não será o relator, restam 9.
Desses, 6 são do PP (2), PSD (2), PTB (1), PL (1) e Republicanos (1).
Os dois restantes, segundo a revista, são um do PSDB e outro do MDB.