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terça-feira 5 de fevereiro de 2019 às 17:05h

Neto e Rui celebram feitos e projetam gestões em Salvador e na Bahia – por Fernando Duarte

POLÍTICA, RMS


Pelo que aparenta, a paz entre o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o governador Rui Costa é um fato e quem torcia pelo oposto a isso, acabou caindo do cavalo com as mensagens dos dois gestores na Câmara de Vereadores da capital baiana e na Assembleia Legislativa da Bahia nesta última segunda-feira (4). A versão paz e amor predominou integralmente, apesar de rápidas provocações no caso do gestor de Salvador. Não que nos anos anteriores tenha havido um clima de guerra. É que se percebia tensão nas relações entre ambos. Agora, após o fim das batalhas eleitorais – pelo menos até 2020 -, os dois parecem ter chegado a um diálogo possível.

Tanto ACM Neto quanto Rui utilizaram as mensagens para fazer balanços dos anos anteriores e projeções para o final das respectivas administrações. O prefeito tem mais dois anos no Palácio Thomé de Souza, enquanto o governador fica até 2022 no cargo. Então, ACM Neto lembrou estar há sete anos na função e apresentou um volume de projetos amplos, com destaques a evoluções na educação e na saúde. Do misticismo do número sete aos investimentos tocados com recursos próprios, o prefeito ressaltou projetos de mobilidade urbana, saneamento e recuperação de áreas da cidade.

Rui também seguiu a mesma linha, apesar de incluir os oito anos de Jaques Wagner na governadoria. Falou de avanços na educação, na saúde e na segurança pública, ainda que tenha feito críticas discretas ao governo federal e aos projetos defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Foi um discurso de estadista, com direito a diferenças bem grandes entre a versão distribuída à imprensa e ao texto apresentado na Assembleia. Rui abordou temas de maneira mais humana do que o texto frio preparado antecipadamente.

Enquanto o governador sinalizou ser mais objetivo, ACM Neto conseguiu achar espaço para filosofar. Chamou a chegada dele ao Palácio Thomé de Souza de “primavera”, sugeriu que no passado Salvador viveu num “período invernal” e comemorou o que ele chamou de “verão da década”. É um resumo dos feitos do gestor à frente da capital baiana desde 2013 e que ano passado cogitou disputar a eleição contra um Rui candidato à reeleição. Ficou na prefeitura e adotou uma versão ainda mais calma de si mesmo para falar dos problemas “motivados” pelo governo da Bahia, a exemplo do fechamento da UPA de Escada, no Subúrbio Ferroviário. Foi o único momento em que ACM Neto pareceu o mesmo de 2018, quando ainda era dúvida se permanecia ou não na prefeitura.

Uma coisa é certa: qualquer soteropolitano e qualquer baiano desejaria viver nas mensagens dos dois gestores. Apesar de reconhecerem problemas, ambos trataram as dificuldades como uma vaga lembrança, um otimismo peculiar para aqueles que estão comandando o Poder Público. Ainda assim, é preciso reconhecer que Salvador e a Bahia evoluíram com os dois administradores e não admitir esses avanços é pura mesquinharia da política – talvez uma característica intrínseca dos atores, mas condenável em qualquer um dos casos.

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