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sexta-feira 30 de abril de 2021 às 09:03h

Filhos de ex-namoradas de vereador Jairinho contam como eram torturas

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Cabeça batida contra a parede de um box; corpo pisado enquanto a boca era tapada com papel e pano. Os filhos de duas ex-namoradas de Dr. Jairinho contaram, em depoimentos na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), torturas que teriam sofrido do vereador do Rio. A especializada passou a investigar os casos depois que suas mães relataram agressões ao delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que apura a morte de Henry Borel, de 4 anos, enteado do político.

A primeira criança ouvida na DCAV foi a filha de uma cabeleireira que conheceu Jairinho em 2010 e chegou a ficar noiva do vereador, com quem manteve um relacionamento até 2014. Hoje com 13 anos, ela contou que o político bateu sua cabeça contra uma parede, dentro do box de um banheiro. Além disso, teria sido pisada por ele.

A avó da menina também foi ouvida e relatou que, quando questionou Jairinho sobre um machucado na testa da neta, ele respondeu que a criança tinha batido a cabeça no painel de seu carro após uma freada brusca, enquanto a levava para um shopping.

Em outra ocasião, disse a avó, a menina precisou imobilizar um braço por conta de uma lesão. Jairinho teria alegado que ela havia se machucado numa aula de judô. No entanto, o professor negou essa versão.

A segunda criança a depor na DCAV foi o filho de uma estudante que começou a se relacionar com Jairinho em 2014. O menino, hoje com 8 anos, disse a investigadores da especializada que o vereador colocou um papel e um pano em sua boca. Em seguida, foi obrigado a se deitar no sofá e o político teria ficado em cima dele, pressionado seu corpo com os pés.

Na 16ª DP, a mãe havia contado que o filho quebrou uma perna durante um passeio a sós com Jairinho.

O advogado do vereador, Braz Sant’Anna, disse ontem ao EXTRA que não iria se pronunciar sobre as investigações da DCAV.

Também ontem, Jairinho deixou de ficar isolado no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8. Ele foi encaminhado a um espaço de uso coletivo após passar por uma classificação de risco — a direção analisou sua “aceitação” junto aos demais detentos.

Jairinho está preso desde o último dia 8. O presídio de Bangu, que tem capacidade para abrigar 140 detentos em suas cinco galerias, está hoje com metade dessa lotação. Todos os seus ocupantes têm diploma de curso superior, e muitos chegaram à unidade por conta de condenações referentes à operação Lava Jato. Um deles é o ex-governador Sérgio Cabral.

Mãe de Henry, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva segue no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo de Gericinó. Com Covid-19, ela vem se queixando de dores de cabeça e tontura e, segundo médicos, apresenta um quadro de ansiedade.

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