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sexta-feira 19 de agosto de 2022 às 08:19h

Equipe de Lula avalia que precisa reverter queda entre evangélicos para tentar vencer Bolsonaro

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A equipe de campanha do ex-presidente Lula (PT) comemorou em parte a pesquisa Datafolha divulgada nesta última quinta-feira (18), mas ficaram preocupados com o crescimento de Jair Bolsonaro (PL), avaliou que, para vencer ainda no primeiro turno, o grande desafio de Lula será reverter a queda de votos entre o eleitorado evangélico.

O levantamento mostrou que Lula tem 47% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro aparece com 32%. Pela pesquisa, existe a possibilidade de vitória de Lula ainda no primeiro turno. Isso porque o petista tem, segundo o levantamento, 51% dos votos válidos.

No entanto, chamou a atenção de petistas a queda de votos de Lula entre evangélicos. Conforme o levantamento, Bolsonaro lidera no segmento, com 49% das intenções de voto, enquanto Lula aparece com 32%. O petista já esteve à frente entre este eleitorado. Até o final do ano passado, Lula tinha 38%, e Bolsonaro, 31%.

O blog Valdo Cruz diz que a campanha de Bolsonaro aposta na chamada “guerra santa” para atrair os votos do eleitorado evangélico. Lula, por sua vez, afirma que não fará isso.

“Eu não sou candidato de uma facção religiosa. Eu sou candidato do povo brasileiro. Quero tratar evangélico igual católico, islâmico, judaico. Quero tratar as religiões, incluindo as de matriz africana, com o respeito que todas as religiões têm que ser tratadas. Não quero fazer uma guerra santa neste país, não quero estabelecer rivalidade entre as religiões. A religião é para cuidar da nossa fé, da nossa espiritualidade, não para fazer política”, declarou Lula na última quarta.

Auxílio Brasil

Por outro lado, os coordenadores da campanha de Lula avaliam que, até agora, o aumento temporário de R$ 400 para R$ 600 do valor do Auxílio Brasil não provocou movimentação importante no eleitorado. O valor foi aprovado às vésperas das eleições e só vale para 2022.

Essa mudança, avaliam, atingiu principalmente os grupos com faixa de renda maior, não os que recebem o benefício social. Isso em um cenário de desemprego em 9,8% e de deflação em julho (no acumulado de 12 meses, porém, a inflação acumula alta de 10,07%).

Integrantes do comitê petista avaliam que esse cenário fez eleitores passarem a aprovar o governo Bolsonaro e admitirem votar no atual presidente da República.

Voto ‘útil’

Além de reverter a queda nas intenções de voto entre os evangélicos, os interlocutores de Lula acreditam que outro fator que pode levar a uma vitória no segundo turno é uma antecipação do voto útil. Isso pode acontecer diante das dificuldades de reação nas pesquisas do candidato do PDT, Ciro Gomes.

O pedetista já deixou claro que não vai desistir de sua candidatura, mas seus eleitores podem acabar desistindo dele caso sintam que ele não vai mais crescer nas pesquisas, podendo cair. Ciro tem pouco tempo de TV e pode sofrer um processo de desidratação, com uma migração de seus votos para Lula nas próximas semanas.

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