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segunda-feira 13 de julho de 2020 às 14:48h

Confira os destaques dos impactos da Covid-19 na Conjuntura Econômica da Bahia

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A Pesquisa Mensal da Indústria (PMI) do IBGE mostrou que após três meses consecutivos de contração, o indicador de produção industrial da Bahia registrou avanço de 7,6% em maio, em relação ao mês de abril (dados com ajuste sazonal). O desempenho do setor em maio reflete, principalmente, o retorno à produção (mesmo que parcialmente) de unidades produtivas, após as interrupções geradas por efeito da pandemia de Covid-19.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou declínio de 20,7%. No acumulado do ano, a indústria registrou queda de 5,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. O indicador, no acumulado dos últimos 12 meses, apresentou redução de 5,1%, frente ao mesmo período anterior.

Na análise sazonal, o comércio varejista no estado baiano registrou variação positiva de 10,3%. Já o varejo nacional cresceu 13,9% em maio, nessa mesma base de comparação. As vendas no comércio varejista baiano registraram, em maio de 2020, recuo de 20,8% na comparação com igual mês do ano anterior. No acumulado do ano, a taxa do volume de negócios foi negativa em 11,1%, de acordo com dados apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE.

Ainda de acordo com a PMC, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, na Bahia, registrou queda de 27,2% nas vendas em relação a igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi negativa em 4,1%.

As exportações baianas somaram US$ 518,8 milhões em junho e as importações, US$ 362,1 milhões. No acumulado do primeiro semestre, foram US$ 3,55 bilhões em embarques e US$ 2,37 bilhões em compras externas. As exportações foram afetadas pelo efeito dos preços, que recuaram 30,2% no período comparado ao primeiro semestre do ano passado, anulando o incremento de 30,8% na quantidade exportada.

Reflexo de uma crise sem precedentes, alimentadas pelo câmbio desfavorável e a paralisação de diversas atividades produtivas, houve forte queda de 31,1% nas importações baianas no semestre comparado ao mesmo período de 2019. Esse recuo deve se manter nos próximos meses, ainda que não na mesma magnitude. A corrente de comércio do estado (soma de exportações e importações) declinou 19,3%, enquanto o superávit alcançou US$ 1,18 bilhão, sendo 164% maior do que no mesmo período do ano passado.

A estimativa de junho para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) prevê uma produção recorde de 9.359.331 toneladas neste ano – a maior da série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo IBGE desde 1972. A safra de grãos 2020, na Bahia, deve ficar 13,0% acima (ou mais 1.075.671 toneladas) da colhida em 2019 (8.283.660 toneladas). A previsão de junho para o estado ficou 3,2% maior que a de maio, quando a estimativa era de uma safra de 9.065.031 toneladas de grãos neste ano.

Destaque para a produção baiana de soja que, em 2020, deve atingir 6,027 milhões de toneladas, com crescimento de 1,2 % na área plantada. Com isso, a produção de soja na Bahia deve superar em 13,5% a de 2019 (5,309 milhões de toneladas).

O governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) está em fase final de negociação para a vinda de mais uma grande cervejaria para a cidade de Alagoinhas, que hoje é considerada a capital da cerveja e sede de um dos maiores polos de bebidas do país. Trata-se da Cervejaria Cidade Imperial, de Petrópolis, que produz uma das cervejas mais apreciadas do país e pretende investir R$ 1,2 bilhão na construção de uma fábrica de cerveja, cerveja puro-malte, energéticos e outros produtos com a criação de 350 empregos.

O secretário e vice-governador João Leão declarou-se empenhado em fortalecer o Polo de Bebidas de Alagoinhas, onde já está instalado o grupo Kirin Brasil, comprado pela Heineken, também o grupo Petropólis da Cerveja Itaipava, além de várias indústrias de refrigerantes.

A confirmação pela Petrobras de que o fundo soberano Mubadala, de Abu Dhabi, está entre os grupos participantes no processo de desinvestimento da refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, ressaltou o interesse de investidores estrangeiros no negócio de refino no Brasil. Segundo o jornal “O Globo”, além do fundo dos Emirados Árabes, o grupo de origem indiana Essar é apontado como um dos candidatos e a chinesa Sinopec também estaria na disputa. O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que as propostas apresentadas pela Rlam atenderam às expectativas.

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e alguns economistas veem a venda da Rlam com entusiasmo e boas perspectivas de novos investimentos para a economia baiana, tornando provável a injeção de recursos na empresa visando sua modernização/ampliação, bem como o estabelecimento de mercado concorrencial na área do refino. Este cenário, segundo a Fieb, daria início a uma nova fase de crescimento no setor industrial baiano.

Outras instituições e especialistas do setor, entretanto, afirmam que, até o momento, não se vê, no efeito da pandemia, nada que justifique a aceleração da venda do patrimônio da Petrobras. Estes defendem que a venda das refinarias como estratégia de redução de endividamento é uma ação claramente danosa aos interesses da Petrobras, tanto pela desintegração vertical da produção como pela perda de posição dominante no mercado brasileiro de refino.

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