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A então presidente Dilma Rousseff em 2016 participando no Congresso da cerimônia de abertura do Ano Legislativo. Ao lado, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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domingo 4 de dezembro de 2022 às 11:54h

Ao apoiar Arthur Lira, Lula busca tranquilidade que Dilma não teve

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, defende que o ex-presidente Lula (PT), que inicia um novo mandato a partir de 2023, acertou em apoiar a recondução do deputado Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara dos Deputados.

“Acho que apoiar o Lira é uma decisão correta, porque ele mostrou ao longo dos últimos tempos que é cumpridor e tem perfil pragmático”, disse em entrevista ao jornal O Globo neste domingo (4). O PSD elegeu 42 deputados e terá uma das maiores bancadas na Câmara.

Na avaliação de Kassab, Lula deve iniciar seu novo governo de maneira diferente de Bolsonaro, que começou sem base há quatro anos. Na contas do futuro secretário de governo do governador eleito de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o apoio do PSD e MDB, Lula iniciará o mandato com cerca de 250 deputados ao seu lado.

“Além disso, com a ascendência que Lira tem no mundo do Centrão e o compromisso de governabilidade que está estabelecendo com Lula, alcançará 300 parlamentares nas votações que vão ocorrer”, completou o dirigente partidário, que defende que Lula não está refém do centrão. Para ele, o que Lula busca é uma tranquilidade política.

“É preciso ter inteligência emocional na vida pública. Também discordo que Lula virou refém do centrão. Ele está em busca de uma tranquilidade que o PT não teve no governo de Dilma Rousseff. A derrota na eleição da Câmara para Eduardo Cunha em 2015 custou muito caro. Não faria sentido o PT gastar energia contra Lira”, analisou Kassab.

Apoio ao governo Lula

O PSD de Kassab preferiu a neutralidade na disputa presidencial deste ano. O próprio dirigente do partido não revela, publicamente, em quem votou no segundo turno. A estratégia permite ao PSD construir pontes com bolsonaristas e petistas. No governo federal, o partido promete apoiar a gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e já disputa cargos no governo.

“É evidente que vamos ajudar a governar e a indicar cargos, o que é a essência da democracia. Mas o PSD tem três indicações muito qualificadas. O deputado Pedro Paulo Carvalho, habilitado na área econômica e na gestão do planejamento, seria um coringa para qualquer área; o senador Carlos Fávaro, que conhece como poucos o que precisa ser feito para melhorar nossas políticas na agricultura; e o senador Alexandre Silveira, que vi especulado na área da infraestrutura, o que seria bem interessante”, completou.

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