sábado 23 de novembro de 2024
Home / POLÍTICA / Ex-prefeito de Pojuca é denunciado ao Ministério Público; saiba mais
quinta-feira 31 de outubro de 2019 às 05:27h

Ex-prefeito de Pojuca é denunciado ao Ministério Público; saiba mais

POLÍTICA


O Tribunal de Contas dos Municípios julgou procedente nesta última quarta-feira (30), termo de ocorrência lavrado contra o ex-prefeito de Pojuca, Antônio Jorge de Aragão Nunes, por irregularidades na contratação da Cooperativa Mista de Transporte Comércio e Serviço e a empresa ATT Atlântico Transporte e Turismo, para a alocação de veículo para transporte escolar. Os contratos foram celebrados no exercício de 2016.

O conselheiro José Alfredo Rocha Dias, relator do processo, determinou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual contra o gestor, para que seja apurada a prática de ato de improbidade administrativa. O ex-prefeito também foi multado em R$20 mil.

Nos dois processos licitatórios, o gestor não comprovou a realização de pesquisa de preços praticados no âmbito da administração pública. O valor estimado em cada licitação tomou por base, exclusivamente, a tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil — SlNAPI, o que é insuficiente para a elaboração do orçamento estimado, considerados, inclusive, os serviços objeto do contrato. Além disso, não foram apresentadas as planilhas com a composição dos custos do serviço, que é um documento essencial para que a administração planeje a sua execução.

De acordo com a relatoria, para poder julgar se uma proposta é vantajosa, ou não, a administração precisa realizar, antes, a mencionada pesquisa, justamente para definir o preço de referência. E, se for mal feita, pode representar prejuízo, já que a concorrência nem sempre é elemento suficiente para garantir preço justo e os fornecedores estarão sempre procurando meios de vender seus produtos com lucros maiores.

Assim, o que se constata é que não existe, nesses processos licitatórios, referencial objetivo para que o gestor afirme que “todas as propostas foram verificadas com os requisitos do edital e com os preços correntes de mercado”, tratando-se de mera argumentação retórica para defender-se da imputação. Nenhum documento foi apresentado como forma de comprovar a formação do preço de referência senão uma única cotação que, indubitavelmente, não pode ser tida como suficiente. Ainda cabe recurso da decisão.

Veja também

Governador se pronuncia sobre real destino político de Moema Gramacho

O governador Jerônimo Rodrigues (PL) se pronunciou nesta última terça-feira (19), sobre a possibilidade da prefeita …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!