segunda-feira 29 de abril de 2024
Home / DESTAQUE / Operação Corsários: PF mira senadora do MDB e fraude a licitações em Docas
terça-feira 24 de janeiro de 2023 às 19:49h

Operação Corsários: PF mira senadora do MDB e fraude a licitações em Docas

DESTAQUE, JUSTIÇA, NOTÍCIAS


A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (24) a segunda etapa da Operação Corsários, que investiga a ação de suposta organização criminosa na Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), entre 2015 e 2018, direcionando licitações e desviando recursos públicos de contratos fechados com prestadoras de serviços, um deles para locação de veículos. Os agentes federais estão cumprindo oito mandados de buscas por ordem do Supremo Tribunal Federal.

A primeira fase ostensiva da investigação, aberta em maio de 2021, fez buscas em endereços ligados à senadora Rose de Freitas (MDB). Na ocasião, a emedebista negou enfaticamente ter cometido qualquer ato ilícito e denunciou ‘tentativa de desabonar sua honra e dignidade’. Ressaltou que todos os esclarecimentos seriam prestados por seus advogados.

Na segunda etapa da ‘Corsário’, nesta terça (24) agentes executam oito mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal. A ofensiva mira supostos delitos de peculato, crimes licitatórios, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início após denúncia sobre exigência de propinas por servidores da Codesa em contrato de locação de veículos. A Polícia Federal indica que também há indícios de fraudes em contratos firmados com outras empresas, entre 2015 e 2018.

“As apurações revelaram a existência de uma verdadeira organização criminosa infiltrada na empresa pública, por meio da indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, permitindo dessa forma a interferência nos certames, o superfaturamento e desvio dos valores pagos nos contratos subsequentes”, explicou a PF em nota quando a primeira fase da operação foi instalada.

Sobre o nome da operação, a corporação explicou que corsário ‘era alguém que, por missão ou carta de corso de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação’.

“De forma semelhante, as investigações mostraram que pessoas eram nomeadas por parlamentar com autoridade e influência, com a finalidade de desviar recursos públicos da área portuária, pilhando verbas do próprio governo ao qual pertenciam”, registrou a corporação.

Segunda etapa da Operação Corsários.
Segunda etapa da Operação Corsários – Foto: Divulgação 
Segunda etapa da Operação Corsários – Foto: Divulgação 

Veja também

Em semana tensa para o Planalto, Rui Costa vai ao Senado falar de PAC

A agenda está mais esvaziada nesta semana por conta do feriado de quarta-feira, 1º de …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Pular para a barra de ferramentas