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quarta-feira 27 de julho de 2022 às 05:43h

O que é margem de erro em pesquisa eleitoral? Entenda por que esses números sempre acompanham os resultados

ELEIÇÕES 2022, NOTÍCIAS


Enquanto o Brasil se prepara para as eleições de outubro e acompanha a evolução dos candidatos, dados reunidos pelo Google Trends a pedido do Pulso mostram as principais dúvidas que os brasileiros têm em 2022 sobre as pesquisas eleitorais. O Pulso do Estadão, está respondendo a algumas das perguntas mais buscadas no Google sobre o tema para ajudar os leitores a entender como funcionam as sondagens de opinião pública. Dentre as principais questões dos usuários estão dúvidas sobre margem de erro.

O que é margem de erro em uma pesquisa?

Nas pesquisas quantitativas dos mais variados tipos, a margem de erro é parte de um cálculo estatístico que estima um intervalo de erro a partir de uma amostra da população. Em outras palavras, os especialistas que conduzem cada pesquisa assumem que há possibilidade de erro e fazem de tudo para que os resultados sejam confiáveis. Como não é possível entrevistar todos os brasileiros, amostras bem estruturadas refletem a população que se quer estudar. Vale para a política como para outras sondagens de opinião usadas por instituições e pelo mercado. Se uma margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, isso quer dizer que um candidato com 50% no resultado de uma pesquisa pode ter, na verdade, 48% ou 52%.

Quem define a margem de erro na pesquisa?

Independentemente do cenário político ou dos métodos dos institutos, a margem é parte de um processo estatístico. Por exemplo, institutos que acompanham a intenção de voto nacionalmente geralmente entrevistam cerca de 2 mil pessoas, permitindo estimar um erro em dois pontos percentuais para mais ou menos. O que costuma definir a margem de erro é a amostragem — considerando distribuição geográfica, segmentos socioeconômicos etc. Desconsiderando os vários métodos usados em pesquisas, quanto menor a margem de erro, maior é a precisão da pesquisa. No entanto, existe a margem de erro total da pesquisa, aplicada sobre o resultado geral, por exemplo, de um candidato. Mas se um eleitor quiser saber somente as intenções de voto de certo grupo, como os que ganham acima de dez salários mínimos, a margem de erro muda e é mais alta. Isso acontece porque, dentro de toda a amostra entrevistada, essa parte é menor e oferece mais chance de estar errada. Cada empresa calcula margens de erro de forma separada para os segmentos entrevistados e outra geral, para a pesquisa como um todo.

Qual é a diferença entre grau de confiança e margem de erro?

Se a margem de erro é a “zona de segurança” estatística na pesquisa, o intervalo (ou nível) de confiança é a probabilidade de que diferentes pesquisas consigam obter os mesmos resultados. Ou seja: estimar quais as chances de outra sondagem repetir os resultados da primeira (margem de erro incluída) usando o mesmo perfil de entrevistados — com os mesmos segmentos incluídos, apesar de com pessoas diferentes. De forma prática, os institutos de pesquisa trabalham com um nível de confiança de 95%. Isso significa que, se fossem feitas cem pesquisas iguais com o mesmo perfil de entrevistados, 95% delas dariam resultados dentro da margem de erro estipulada para aquela determinada amostragem.

É obrigatório colocar margem de erro em pesquisa de opinião pública?

Especialmente no contexto eleitoral, sim. Pelas regras da Justiça Eleitoral, é necessário ter a margem de erro explicada na metodologia da pesquisa. Isto serve para dar transparência sobre como o processo é conduzido e evitar distorções.

O que dizem as pesquisas eleitorais hoje? O Pulso te mostra

No meio de tanta informação desencontrada por aí, o Pulso divulga e analisa os resultados das mais importantes pesquisas eleitorais do mercado — como Ipec, Datafolha, Quaest, Ideia e Ipespe — e ajuda a elucidar dúvidas sobre pesquisas e temas de opinião pública importantes para a política e para a sociedade.

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