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sábado 7 de outubro de 2023 às 07:55h

Migração de criminosos geram “bolhas de violência” no interior da Bahia; entenda

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Em visita à Bahia, o ministro da Justiça, Flávio Dino, falou conforme Eduarda Pinto, do Bahia Notícias, em “armamentismo irresponsável”, uma temtática importante da gestão de segurança pública no estado. Esse ano, com recorde de fuzis apreendidos, 48 no total, a Secretaria de Segurança Pública também efetuou cerca de 50 prisões por dia no estado, resultados que não acompanham a escalada da violência e a crescente sensação de insegurança.

Entre as 12 cidades baianas listadas no Anuário Brasileiro da Violência, oito possuem menos de 200 mil habitantes e dentre essas, a maioria está localizada fora do circuito direto da capital baiana, a Região Metropolitana ou o Recôncavo. Os dados, quando cruzados, apontam para a realidade vivida pelo interior do estado.

Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, “a violência é um fenômeno complexo que de fato vem se interiorizando no Brasil”. “Há uma migração de organizações criminosas para cidades do interior e o motivo também é complexo: tem haver com a diversificação econômica e com determinados processos que foram agravados pelo armamentismo e também pelo grave colapso social durante o governo Bolsonaro nos últimos quatro anos”, explicou segundo o Bahia Noticias.

Jequié, município até então pacato do sudoeste baiano, entrecortado pelas BRs 116 e 330, despontou, no ano passado, como o mais violento entre entre as cidades brasileiras, tendo apenas cerca de 158 mil habitantes. Quando comparamos Salvador e Jequié, os números referentes a Mortes Violentas Intencionais (MVI)*, soma das vítimas de todos os tipos de mortes violentas analisadas, são cerca de 25% maiores na Cidade do Sol.

Esta semana, mais um caso no município acendeu o alerta para as autoridades policiais, uma chacina com seis mortos da mesma família, todos pertencentes a uma comunidade de ciganos da região. Estes casos, segundo Freitas, se caracterizam pela espetacularização. “A espetacularização da violência é sempre uma prática que vulnerabiliza mais as populações excluídas”, afirmou. Também é possível apontar a violência armada como padrão em episódios como estes.

De acordo com a Polícia Civil, entre 1º de janeiro e 15 de setembro foram apreendidas 3.846 armas na Bahia contra as 451 apreensões em Salvador. E os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) foram contabilizados nos dez primeiros meses do ano, entre 1º de janeiro e 1º de outubro, foram um total de 3.708 no interior do estado e outros 2.455 contabilizados na capital. Os números apontam para uma circulação proeminente de drogas e armas, principalmente, no interior da Bahia, que resultam nos altos índices de crimes violentos no interior e em Salvador.

Em relação ao enfrentamento da violência, o secretário da SJDH argumenta que a prioridade do governo serão as ações de inteligência. “O que existe é um investimento em inteligência, desfinanciamento das organizações criminosas, com investigação de excelência e o envolvimento da Polícia Federal, no combate aos crimes de lavagem de dinheiro, de extorsão, que são praticados pelas grandes organizações criminosas, para que possamos, com cada vez menos confrontos e mais eficiência, limitar a articulação de armas no estado”.

Anunciadas pelo ministro da Justiça em reunião com o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, nesta quinta-feira (5), as novas políticas de enfrentamento a violência já Bahia já possuem o orçamento milionário de mais de R$ 220 milhões.

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