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domingo 11 de junho de 2023 às 16:38h

Lula é aconselhado a agir à revelia de Arthur Lira e criar base própria na Câmara

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Em meio a uma relação conflituosa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o presidente da República, Lula (PT) ouviu, nas duas últimas semanas segundo Marcela Mattos, da Veja, conselhos para tentar contornar a influência do presidente da Câmara e capitanear, ele próprio, uma aproximação com deputados do Centrão.

Como mostrou reportagem da revista, Lira atualmente controla um grupo multipartidário com potencial de atingir mais de 300 deputados. Unido, o bloco vem ameaçando travar agendas do governo se não conseguir a liberação de emendas e de cargos de relevância – miram, principalmente, ministérios robustos, como o da Saúde.

A sugestão de isolamento do presidente da Câmara foi feita pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), um histórico desafeto de Lira e a quem interessa ver o deputado o mais distante possível.

Na conversa, da qual também participaram o senador Eduardo Braga (MDB-AM) e o ministro responsável pela articulação política, Alexandre Padilha, foi exposta a necessidade de Lula consolidar uma coalizão à revelia de Lira e ele próprio ouvir as demandas específicas de cada deputado – até o momento, a função vem sendo exercida principalmente por Padilha e pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e desde então já vinha irritando o presidente da Câmara, que se sente preterido das negociações.

A estratégia, porém, não parece tão simples. Na última segunda-feira (5) o presidente chegou a convidar líderes da Câmara para um encontro no Planalto, mas eles não compareceram – a ausência foi debitada na conta de uma interferência direta de Lira.

Lula também ouviu o conselho de que, diante das ameaças constantes da Câmara, deve montar uma rede de proteção no Senado, com o objetivo de frear qualquer “bomba” armada pela casa vizinha.

Conforme os senadores relataram ao presidente, Arthur Lira teria preparado uma “armadilha” na criação de uma sequência de comissões de inquérito, como a do MST e a que apura os atos do 8 de janeiro, colocando sua tropa no controle dos colegiados com o objetivo de demonstrar força diante do governo.

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