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quinta-feira 9 de maio de 2024 às 08:39h

Ações para o Rio Grande do Sul são debatidas pelo Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico

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A análise de medidas para o enfrentamento da crise no Rio Grande do Sul foi o principal tema do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE), que se reuniu nesta última quarta-feira (8) para a 291ª reunião ordinária. O despacho de usinas termelétricas e a importação de até 570 megawatts (MW) a partir do Uruguai são exemplos de iniciativas que vêm contribuindo para a segurança do fornecimento de energia elétrica ao estado no cenário atual.

As condições climáticas e de armazenamento dos reservatórios seguem sendo monitoradas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) também participou da reunião.

Informações das empresas de geração, transmissão e distribuição de energia estão sendo recebidas pelo Governo Federal, que coordena ações para garantir que o restabelecimento do suprimento a todos os consumidores de energia elétrica do estado do Rio Grande do Sul ocorra o quanto antes.

As medidas que são possíveis neste momento estão sendo realizadas e outras planejadas para serem realizadas na medida em que o nível das águas se reduza, contando com equipes de prontidão. O trabalho exigirá a avaliação minuciosa das instalações elétricas que foram afetadas de modo a promover os reparos necessários e proporcionar a energização, resguardando a segurança para a retomada do fornecimento.

Durante a reunião do CMSE, o Ministério de Minas e Energia destacou os esforços que vem sendo empreendidos pelas empresas do setor elétrico, com compartilhamento de infraestrutura e pessoal visando ao mais célere restabelecimento do atendimento, além de donativos para o enfrentamento da situação de emergência. Todas as iniciativas estão sendo permanentemente acompanhadas pela Casa Civil da Presidência da República, que coordena ações em âmbito federal.

Na reunião, também foram avaliadas as condições de atendimento do Sistema Interligado Nacional (SIN). O ONS destacou que, mesmo com a 8º pior período úmido já registrado em todo o histórico, foi possível atingir armazenamento equivalente nos reservatórios de mais de 75% ao final de maio. A expectativa é que, ao final de outubro, o armazenamento do SIN esteja entre 50% e 60%. Nesse período começa o próximo período de chuvas na maioria das principais bacias hidrográficas do ponto de vista de geração de energia hidrelétrica.

Informações Técnicas:

Condições Hidrometeorológicas: Em abril, as bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Paranapanema e a incremental à UHE Itaipu apresentaram precipitação superior à média histórica. Nas demais bacias hidrográficas com participação de geração hidrelétrica, a precipitação foi inferior à média histórica. Ainda durante o mês, em relação à Energia Natural Afluente – ENA, foram verificados valores abaixo da média histórica nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste (84% da Média de Longo Termo – MLT), Nordeste (71% da MLT) e Norte (81% da MLT). O subsistema Sul foi o único a apresentar condições superiores à média histórica, com cerca de 146% da MLT.

Em maio, de acordo com os cenários inferior e superior, a indicação é de uma ENA abaixo da média histórica para todos os subsistemas, exceto para o Sul, que deve superar a MLT. No cenário inferior, para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sul, a previsão é de 62%, 49%, 89% e 152% da MLT, respectivamente. Para o SIN, o estudo aponta condições de afluência prevista de 78% da MLT, sendo o 10º menor valor para o mês de um histórico de 94 anos.

No cenário superior, para o mês de maio, as condições previstas para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sul são de 63%, 48%, 88% e 229% da MLT, respectivamente. Em relação ao SIN, ainda para o mês de maio, os resultados dos estudos de vazão indicam condições de afluência prevista de 87% da MLT, sendo o 29º menor valor para um histórico de 94 anos.

Energia Armazenada: Ao final do mês de abril, foram verificados armazenamentos equivalentes a cerca de 73%, 72%, 79% e 95% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 75%. No último dia do mês de maio, o armazenamento equivalente do SIN deve variar entre 76,2% da EARmáx, no cenário inferior, e 76,0% no cenário superior.

Expansão da Geração e Transmissão: a expansão verificada em abril de 2024 foi de 1.505 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica e de 480 MVA de capacidade de transformação. Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 4.133 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 271,4 km de linhas de transmissão e 2.705 MVA de capacidade de transformação.

O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País, adotando as medidas para a garantia do suprimento de energia elétrica. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento.

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