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terça-feira 5 de março de 2024 às 07:18h

Garotinho x Benedita, Cabral x Pezão, Castro x Pampolha: Rio tem histórico de governadores e vices em confronto

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A demissão do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) da Secretaria de Estado do Ambiente pelo governador Cláudio Castro (PL) joga luz sobre um passado recente de atritos entre duplas que comandaram o Palácio Guanabara. Desde Anthony Garotinho com a petista Benedita da Silva, quase todos os governadores do Rio tiveram algum tipo de rompimento com o vice.

Normalmente, o confronto mais aberto se dá ao fim da gestão, mas há casos, como o de Garotinho, que remetem ao cenário atual. Bem avaliado em 2002, o ex-prefeito de Campos dos Goytacazes decidiu repetir o que fez seu padrinho político — o também ex-governador Leonel Brizola (PDT) — e concorrer à Presidência tendo o Rio como trampolim. Antes de apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, o então filiado ao PSB criou desconforto com Benedita ao tecer ataques ao partido de Lula antes de deixar o Guanabara.

Com os petistas reclamando da situação econômica que herdariam no Estado, Garotinho antecipou as críticas que pretendia fazer apenas no período eleitoral.

Thiago Pampolha ao lado de Cláudio Castro antes do rompimento — Foto: Divulgação
Thiago Pampolha ao lado de Cláudio Castro antes do rompimento — Foto: Divulgação

— O PT não tem feito outra coisa na sua vida política a não ser difamar, porque quando administra é um desastre — disse em março de 2002.

Depois que a mulher de Garotinho, Rosinha, venceu a eleição estadual daquele ano e se preparava para assumir o governo, o ex-governador comentou ainda que iria “desinfetar” o Guanabara antes dela ocupar o cargo. A frase à época foi vista como racista pelo PT.

A própria Rosinha, junto com o marido, protagonizou uma ruptura com o vice Luiz Paulo Conde. Ex-prefeito, ele tentou voltar ao Palácio da Cidade em 2004, em disputa contra o ex-aliado Cesar Maia — que venceria mais uma eleição municipal. Durante a campanha, Conde foi abandonado pelo clã Garotinho, que mal apareceu nos comerciais de TV do candidato. Antes do período eleitoral, as discordâncias começaram: o candidato queria escolher outro vice, mas Garotinho, evangélico, impôs o pastor Manoel Ferreira.

Quando Sérgio Cabral (MDB) comandou o estado ao lado do vice Luiz Fernando Pezão (MDB), a relação foi um céu de brigadeiro. Depois, no entanto, os problemas surgiram. Já na cadeia — foi preso em novembro de 2016, em desdobramento da Lava-Jato –, Cabral aproveitou interrogatório na Justiça em 2017 para dizer que a crise pela qual o Rio passava “não era dele”, e sim do sucessor. À época, o estado enfrentava a maior crise fiscal da História.

Cabral ainda acusou Pezão de participar dos esquemas de corrupção que o levaram à cadeia. No último mês de mandato, Pezão foi detido pela Lava-Jato. Posteriormente, o emedebista foi absolvido. Pezão, inclusive, é exceção no quesito brigas com vice. Manteve relação fiel e de gratidão com Francisco Dornelles (PP), que assumiu o governo quando o então governador enfrentava um câncer.

Hoje protagonista do embate com Pampolha, Castro já foi vidraça. Após Witzel sofrer impeachment, em 2021, Castro entrou no alvo do ex-juiz. Segundo o cassado, o ex-vice teria articulado a saída dele do Guanabara junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e a PGR.

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