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segunda-feira 29 de abril de 2024 às 06:22h

Ex que acusa filho de Lula por agressão elogia Janja: ‘Pura gentileza’

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A ex-companheira de Luís Cláudio Lula da Silva, um dos filhos do presidente Lula da Silva (PT), fez elogios à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e disse que “não tem absolutamente nada para falar de ruim da família”. A médica (que deseja não ter o nome exposto no noticiário) registrou no começo deste mês um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro, acusado de ter exercido violência “verbal, psicológica e moral”.

Em uma série de publicações nas redes sociais, a mulher disse neste sábado ter “lealdade” e “gratidão” em relação à família Lula.

— Por eles eu tenho gratidão, lealdade, trago muito carinho. Eu sou vegetariana, por exemplo, e a Janja sempre fazia questão de fazer uma refeição diferente pra mim, porque ela sabia que eu não comia carne. Mesmo sem eu pedir. Partia dela, ela fazia isso por pura gentileza. Todos os familiares são pessoas maravilhosas, queridas, que só me fizeram bem. Não tenho absolutamente nada pra falar de ruim da família deles, nada. O meu único problema foi com o meu ex-companheiro — declarou.

A mulher disse que recebeu ligações de membros da família Lula oferecendo apoio mesmo após as acusações que fez a Luís Cláudio. Ela explicou nas publicações que deixou de seguir o presidente e a primeira-dama pelo mesmo motivo que excluiu perfis de veículos de comunicação e de política de suas redes sociais. Segundo suas palavras, seu objetivo era fazer um “detox”:

— O celular muitas vezes é uma arma na nossa mão. A gente pode ver coisas tão horríveis, tão horrorosas, que podem levar a gente a pensamentos horríveis. Então, o que eu fiz? Eu não queria saber de nada. Fiz isso como uma forma de me preservar. Não tem nada a ver com eles (Lula e Janja). Eu deixei de seguir ‘geral’, mais de 100 pessoas, para cuidar da minha saúde mental mesmo.

Perguntada por um seguidor se o episódio a tornou uma pessoa “de direita”, a mulher respondeu que “não quer mais saber de política”.

Em decisão publicada na última quarta-feira, a Justiça proibiu o filho de Lula de publicar qualquer “conteúdo que se refira, direta ou indiretamente” à ex-companheira, alertando que a mulher deverá adotar conduta “correspondente”.

“As medidas protetivas são previstas para encerrar o ciclo de violência. Existem e justificam-se enquanto tutelam direito material subjacente, sendo limitadas no tempo — como toda medida de natureza penal. Vigorarão pelo prazo necessário a que não mais haja risco à sua integridade, o que por certo dependerá não só de proibições impostas ao ofensor, mas de iniciativa da mulher para superar episódios traumáticos e voltar a viver de forma digna”, decidiu a juíza responsável pelo caso.

Relembre as acusações

A médica e Luís Cláudio mantiveram relacionamento por dois anos e meio — eles moraram juntos em parte deste período. A mulher relatou à polícia no começo do mês que chegou a ser agredida fisicamente com uma cotovelada na barriga durante uma briga, no fim de janeiro. Ela disse, ainda, que é vítima de violência “verbal, psicológica e moral”, que “têm se intensificado ao longo do tempo”.

Os episódios de violência, segundo a mulher, incluem o afastamento “do trabalho por um mês devido ao trauma causado pelas agressões”, “ter sido hospitalizada com crises de ansiedade”, “receber ameaças e ofensas constantes (doente mental, vagabunda, louca)” e “ser manipulada e ameaçada para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que possui influência para se safar das acusações”.

No registro da ocorrência, a médica afirmou que o filho caçula de Lula já disse que o pai iria defendê-lo em caso de denúncias. “Ninguém vai acreditar em você, eu tenho poder e você não tem nada”, teria dito, segundo a denunciante. As brigas teriam começado após traições por parte de Luís Cláudio.

Em nota divulgada à época das acusações, a defesa de Luís Cláudio afirmou que as declarações da ex-companheira são “inverídicas” e “enquadráveis nos tipos de delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por danos morais”.

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