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quinta-feira 18 de janeiro de 2024 às 15:40h

“Devemos enfrentar a raiz do problema, que é a misoginia”, destaca a ministra de Mulheres

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Inaugurando os trabalhos da Trilha de Sherpas em 2024, começou nesta última quarta-feira (17) o grupo de trabalho (GT) de Empoderamento de Mulheres. Criado durante a presidência indiana do G20, em 2023, esta é a primeira do grupo, que neste ano é coordenado pelo Ministério das Mulheres do Brasil. A reunião ocorreu por videoconferência, na sede do G20 em Brasília.

Reforçando a importância deste momento na história do G20, tanto a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves , quanto a primeira-dama do Brasil, a socióloga Janja Lula da Silva , fizeram uma fala de abertura dos trabalhos, dando as boas-vindas às representantes dos países-membros e enfatizando as prioridades da presidência brasileira do grupo.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, iniciou a fala destacando que “para o Brasil, é um grande orgulho presidir o G20 e ser o primeiro país a liderar os trabalhos entre governos pela redução da desigualdade de gênero. A pauta da igualdade de direitos entre homens e mulheres é crucial para nós” e prosseguiu ressaltando o compromisso do governo brasileiro com o tema relembrando que “no início de 2023, assim que assumiu o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu criar, pela primeira vez na história do país, um órgão com status de Ministério que se dedica exclusivamente à pauta das mulheres”.

A respeito da crise climática global que estamos enfrentando, a ministra frisou que “na nossa realidade desigual, são os países do Sul Global que têm sofrido as maiores perdas materiais e humanas. Mas hoje já podemos observar que os países do Norte e os mais ricos também têm percebido o aumento dos impactos em seus territórios e populações. Nesse cenário, as mulheres estão ainda sob maior risco e sofrem de forma desproporcional os prejuízos das crises.”

“Tenho defendido que devemos enfrentar a raiz do problema, que é a misoginia – o ódio contra as mulheres, e ponto central de todas as outras discriminações de gênero”, destacou Cida Gonçalves, que pretende construir consensos e entregas coletivas durante este ano frente ao GT. No início da semana, a ministra concedeu uma entrevista exclusiva ao site do G20 Brasil , detalhando os temas centrais do grupo e os desafios que ainda existem no mundo quando o assunto é igualdade de gênero.

Já Janja Lula ressaltou os objetivos da presidência brasileira no G20 e a necessidade de um recorte de gênero ao debater desigualdades. “Na nossa realidade desigual, são os países do Sul Global que têm sofrido as maiores perdas materiais e humanas. Mas hoje já podemos observar que os países do Norte e os mais ricos também têm percebido o aumento dos impactos em seus territórios e populações. Nesse cenário, as mulheres estão ainda sob maior risco e sofrem de forma desproporcional os prejuízos das crises”, colocou a primeira-dama do Brasil.

Com participação de todos países-membros do G20, a reunião contou ainda com cinco dos oitos países convidados do Grupo de Trabalho (Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Noruega e Portugal), além de Bangladesh. Para além das representações governamentais, organizações internacionais também estiveram integradas neste primeiro dia de reunião. São elas: Comissão Europeia, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Fundo de População das Nações Unidas, ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho e Organização Mundial da Saúde.

A reunião prossegue até quinta-feira (18). A próxima reunião do Grupo de Trabalho Empoderamento de Mulheres está prevista para os dias 8 e 9 de maio, também em Brasília, mas de forma presencial.

Concomitantemente à reunião do GT de Empoderamento de Mulheres, ocorreu também a primeira reunião do GT de Economia Global, pela Trilha de Finanças, por videoconferência na sede do G20 em Brasília. Na discussão estão temas econômicos estruturais e a relação entre macroeconomia, desigualdades e questões climáticas.

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