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Abertura reuniu parlamentares, representantes de governo, do IdQ e da Abiquim. Fotos Lucas Moura/Sistema FIEB/Coperphoto.
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quarta-feira 22 de novembro de 2023 às 10:29h

Crise da Indústria Química é debatida em seminário da Abiquim e FIEB

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A Indústria Química nacional é a 6ª maior do mundo, representa 12% do PIB industrial do país, emprega cerca de 2 milhões de forma direta e indireta, porém o setor enfrenta a sua maior crise em 30 anos, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abquim). O tema foi debatido em seminário realizado pela entidade e a FIEB na última segunda-feira (20), em Salvador.

“Enfrentamos questões conjunturais e estruturais. Dentro do país, só para citar alguns dos problemas, vemos o preço muito alto das matérias primas, a exemplo do gás, na faixa dos US$ 14 por milhão de BTUs enquanto nos EUA o valor está em US$ 2,5, o setor também está sendo sufocado por uma inundação predatória de insumos e produtos asiáticos, e o retorno das isenções fiscais prevista do regime Especial da Indústria Química (Reiq) ainda não está regulamentado”, explicou o gerente de Relações Institucionais da Abiquim, Marcelo Pimentel.

O setor ainda é o que mais paga tributos federais no país, além de amargar custos com uma energia cara, apesar do Brasil ter a matriz energética mais limpa do mundo. O resultado é que a indústria química nacional importa cerca de 50% dos insumos que utiliza e tem 40% de ociosidade em suas plantas industriais.

““Fala-se muito da ‘neoindustrialização’, mas não podemos pensar só nela, esquecendo o que temos. Eu acho que foi feito ao longo de muitos anos o complexo petroquímico aqui na Bahia, e esse complexo ainda tem muito por gerar dentro do estado, até porque ele busca se renovar dentro dos aspectos ambientais que tanto se discutem na sociedade”, afirmou o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos.

De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Coviello, em função das sanções por causa da guerra com a Ucrânia, a Rússia exporta petróleo e gás natural para a China e outros países asiáticos a preços muito abaixo do mercado. Os insumos são refinados e vendidos a outros mercados, entre os quais o brasileiro. “Estamos vivendo um momento bastante desafiador, em que não somos competitivos”, pontuou.

Realizado na FIEB, o evento reuniu parlamentares, representantes de governo, das Prefeituras da Região Metropolitana de Salvador, do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IdQ), além de representantes de empresas químicas, fornecedores, clientes, parceiros de entidades da cadeia e imprensa.

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