Jair Bolsonaro se desentendeu com Valdemar Costa Neto por causa do diretório do PL em São Paulo. Além da chave do cofre, o presidente impôs ao cacique do Centrão a candidatura do filho Eduardo Bolsonaro ao governo paulista.
Publicamente, Bolsonaro diz que avalia o nome de Tarcísio de Freitas, mas a verdadeira estratégia segundo a revista Crusoé seria lançar o ministro da Infraestrutura ao Senado e o filho ao governo, contra Rodrigo Garcia (PSDB), vice de João Doria.
Segundo a revista, o presidente também quer emplacar no PL o ministro do Turismo, Gilson Machado, como candidato ao governo de Pernambuco, onde o partido já tem candidato próprio: o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, que lançará chapa com a tucana Raquel Lyra, prefeita de Caruaru. Tampouco haveria espaço para Gilson concorrer ao Senado, pois o PL lançará Dudu da Fonte.
Parente de chefe do Executivo não pode se candidatar
Parente em até segundo grau de chefe do Poder Executivo, que já não esteja exercendo mandato, não pode se candidatar a qualquer cargo eletivo. O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral foi firmado e vale mesmo se o prefeito, governador ou Presidente da República se desincompatibilizar do cargo seis meses antes das eleições.
Por quatro votos a três, os ministros entenderam que parente de governador ou prefeito pode concorrer à reeleição ao cargo para o qual já ocupa, mas não pode disputar novo cargo. A tese é a de que quem já exerce mandato eletivo não pode ser prejudicado pelo fato de seu familiar ser chefe do Poder Executivo. Por outro lado, quem ainda não ocupa cargo eletivo não pode vir a ser beneficiado pelo fato de a máquina administrativa estar nas mãos de um parente.
Com isso, Eduardo Bolsonaro, não pode ser candidato a cargo executivo.