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quarta-feira 21 de dezembro de 2022 às 19:15h

As preocupações da equipe de Lula com a cerimônia de posse em Brasília

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A menos de duas semanas da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília, membros da equipe do presidente eleito acumulam queixas segundo Malu Gaspar, do O Globo, sobre a postura da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), aliado de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo cinco fontes ouvidas pela coluna, entre integrantes da equipe de transição e funcionários envolvidos nos preparativos da posse, os dois times têm criado empecilhos para a preparação do ritual que marcará o retorno de Lula ao Palácio do Planalto no próximo dia 1º.

A principal preocupação da equipe tem a ver com a segurança de Lula e com a postura do governo Ibaneis, que apoiou Jair Bolsonaro na eleição.

O governador e sua força de segurança têm sido acusados nos bastidores de complacência em relação à radicalização dos manifestantes que promoveram quebra-quebra e incêndios de veículos no último dia 12, dia da diplomação de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Naquele dia, os bolsonaristas criaram um clima de terror no centro de Brasília, ateando fogo em carros e em um ônibus em uma área próxima ao hotel onde o petista está hospedado durante a transição.

No final de semana, causou preocupação na cúpula da segurança de Lula o fato de que alguns ônibus com manifestantes passaram pela Esplanada dos ministérios sem serem barrados ou verificados.

Há, ainda, um pedido dos aliados de Lula para que a polícia de Ibaneis contenha e de preferência desmobilize o acampamento bolsonarista que já dura semanas em frente do QG do Exército, em Brasília.

Nos últimos dias, houve conversas sobre o assunto entre entre o futuro ministro da Defesa de Lula, José Múcio, e o futuro diretor da polícia federal, o delegado Andrei Passos, com representantes do governo do Distrito Federal.

Múcio e o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, devem discutir o assunto com autoridades do governo do DF na semana que vem.

Nos bastidores, porém, já há muitas queixas não só pelo fato de que ninguém foi preso durante o tumulto no dia da diplomação, como também com o fato de os manifestantes continuarem no QG do Exército, que fica a 9 quilômetros do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, palcos dos principais eventos da posse.

“Ninguém tem garantia do governo do DF sobre a segurança na posse”, reclama um senador lulista.

Outra questão que preocupa os organizadores é a logística.

Segundo integrantes da transição, há uma “má vontade generalizada” no Palácio do Planalto em relação a providências práticas como a definição do roteiro a ser percorrido por Lula no Rolls Royce presidencial (parte tradicional da festa) e o credenciamento dos convidados e da imprensa.

“Os militares da Secom não estão colaborando”, disse à equipe da coluna um integrante da transição envolvido nos bastidores.

Diante da situação, o Itamaraty assumiu a linha de frente da organização da posse.

Mais do que as questões diplomáticas, o Ministério das Relações Exteriores está cumprindo o papel de decidir questões de logística, credenciamento e coordenação entre órgãos federais e do governo do DF, participando ativamente de reuniões e levando informações para os dois lados.

No mês passado, a Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro chegou a dizer que um integrante da equipe de Lula “inviabiliza” reuniões de transição, em uma cutucada no deputado federal André Janones (Avante-MG), conhecido pela postura beligerante nas redes sociais.

Mas na própria transição há quem admita que não há grande interesse na equipe de Lula de compartilhar informações do presidente eleito com a secom bolsonarista.

Procurada pela coluna, a Secom informou que “tem participado de todas as reuniões preparatórias para a cerimônia da posse para as quais foi convidada, cumprindo, assim, todas as atribuições que lhe são afetas”.

“Os pedidos e demandas feitos e encaminhados pela equipe de transição, a exemplo do credenciamento de imprensa por parte do Itamaraty, estão sendo acatados e encaminhados, a fim de que o evento transcorra conforme o planejado”, alegou a Secom bolsonarista.

A Secretaria de Segurança Pública do DF ainda não se manifestou.

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