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quinta-feira 14 de dezembro de 2023 às 10:47h

Alcolumbre acena ao Planalto e age por aprovação de Dino e Gonet sem sobressaltos

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Em busca de apoio à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), renovou os acenos ao governo na condução da sabatina que resultou na aprovação dos indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, e à Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet.

Os gestos tiveram início segundo Camila Turtelli, do O Globo, ainda na definição do formato, colocando Dino e Gonet para serem questionados ao mesmo tempo pelos senadores. Um desenho que economizou tempo, abriu caminho à aprovação ainda neste ano e, ao mesmo tempo, ajudou a diluir a artilharia preparada pela oposição a Dino, que dividiu a atenção com outro inquirido.

Alcolumbre manteve o modelo, apesar de um embate com o senador Alessandro Vieira (MDB-ES), que questionou a sabatina simultânea.

— Nós só temos a semana do esforço concentrado convocada pelo presidente Rodrigo Pacheco. Temos a obrigação de deliberar a indicação dessas autoridades—afirmou Alcolumbre no início da sessão.

O senador fez ainda outros movimentos para acelerar o processo e garantir que os nomes fossem votados no plenário do Senado, no mesmo dia. Caso contrário, só seria possível fazer a análise na próxima semana e haveria o risco de não haver um quórum seguro de senadores na Casa, devido à proximidade do fim do ano legislativo. Hoje, há a expectativa de uma longa sessão do Congresso para apreciação de vetos e projetos orçamentários.

Apesar de apelos de colegas para Alcolumbre fazer uma pausa para almoço, durante a extensa sessão de perguntas e respostas, ele não quis interromper o processo e providenciou lanches para os parlamentares. O parlamentar ainda agradeceu parlamentares que decidiram retirar sua inscrição para poder acelerar o processo, como o ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE), que retomou o mandato temporariamente para a votação; e a senadora Zenaide Maia (PSD-RN). O placar de votação foi aberto ainda durante os questionamentos, o que permitiu que o resultado fosse divulgado imediatamente após o fim das perguntas.

Em outros momentos, Alcolumbre barrou intervenções de opositores, como no momento em que rejeitou a reprodução de um áudio pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

— Eu não concordo que um senador da República pegue o microfone da tribuna do Senado, que é para ele se pronunciar perante a nação brasileira, e coloque um áudio que a gente não sabe se é de hoje, se é de anteontem, se tem dois anos, se tem dez anos, se é uma montagem. A gente não sabe o que é — justificou Alcolumbre.

O presidente da CCJ tem amplo espaço na gestão de Pacheco, a quem ajudou a eleger. Nos últimos meses, em busca de apoio para voltar ao comando da Casa — ele ocupou o posto de 2019 a 2021 —, Alcolumbre fez também acenos à oposição ao dar vazão a pautas que contrariam os interesses do Planalto. Entre elas, o projeto que cria um marco temporal para demarcação de terras indígenas e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza posse de qualquer tipo de droga.

Indicação de ministro

Apesar do flerte com a oposição, Alcolumbre foi responsável pela indicação do ministro da Integração, Waldez Góes, e exerce influência na escolha de cargos federais no Amapá em órgãos como Ibama, Telebras e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

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