A Boeing disse nesta quarta-feira que planeja aumentar a produção do jato 737 MAX para 38 aeronaves por mês até o final do ano, enquanto tenta tranquilizar os investidores depois que problemas de manufatura ameaçaram inviabilizar entregas de aviões.
As entregas de jatos da Boeing e o fluxo de caixa livre estão sendo observados de perto pelo mercado, enquanto a empresa tenta se recuperar de uma série de crises desde duas quedas de aeronaves 737 MAX em 2018 e 2019 que mataram centenas de pessoas.
A Reuters informou no início deste mês que o cronograma da Boeing exigirá o aumento do ritmo de produção em sete jatos em relação ao patamar atual.
A produção do 787 Dreamliner se estabilizou em três, disse a fabricante de aviões, acrescentando que aumentará para cinco por mês até o final do ano.
No geral, a Boeing reafirmou planos de gerar 3 bilhões a 5 bilhões de dólares em fluxo de caixa livre este ano, além de entregar 400 a 450 jatos 737 MAX e 70 a 80 unidades do 787 Dreamliner.
O retrabalho no MAX “terá impacto no cronograma de entregas nos próximos meses; no entanto, continuamos confiantes nas metas operacionais e financeiras que estabelecemos para este ano”, escreveu o presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, em uma carta aos funcionários.
O problema mais recente na fabricação do MAX, que envolve dois suportes que foram instalados incorretamente na fuselagem e que foram fabricados pela Spirit AeroSystems, levantou questões sobre a capacidade da Boeing de cumprir suas metas anuais.
A companhia disse que o problema, que remonta a 2019, afetou um número “significativo” de aviões MAX não entregues que estão em produção ou armazenados, bem como aqueles em serviço. Espera-se que os executivos da Boeing detalhem o escopo do problema em conferência com investidores no final desta quarta-feira.
No primeiro trimestre, a Boeing entregou cerca de 27% mais jatos em relação ao ano anterior. As fabricantes de aviões normalmente recebem uma grande parte do dinheiro das vendas quando entregam as aeronaves encomendadas.