Integrantes do governo Jair Bolsonaro passaram a demonstrar, pela primeira vez, preocupação com o fato de a reeleição do presidente americano Donald Trump correr risco.
O ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden, provável candidato do Partido Democrata à Casa Branca, aparece nas pesquisas 14 pontos à frente de Trump.
O combate à pandemia nos EUA e as manifestações contra o racismo influenciaram na avaliação negativa de Trump, publicou o G1.
Ao portal, um embaixador ressaltou que a dificuldade de Trump nas pesquisas entrou no radar do Itamaraty. Como o governo Trump virou uma prioridade na política externa brasileira desde 2019, o temor é que uma eventual derrota enfraqueça as posições de Bolsonaro em relação aos EUA.
Internamente, até mesmo integrantes da ala militar do governo avaliam desde o início do mandato que é um erro um alinhamento automático do governo Bolsonaro com a gestão Trump.
A diplomacia brasileira tem adotado os EUA como parceiro preferencial e seguido posições polêmicas do governo americano.
Entre outras atitudes, Bolsonaro chegou a defender a mudança da embaixada brasileira em Israel para a cidade de Jerusalém, pretensão que recebeu a contestação dos palestinos. A mudança não se efetivou em razão de forte reação.
“É um erro subordinar a política externa brasileira ao governo Trump”, ressaltou o embaixador ouvido pelo G1.