O União Brasil, partido com maior tempo de TV e fundo eleitoral, vive um racha em São Paulo em relação ao apoio ao governador Rodrigo Garcia (PSDB). De um lado, interlocutores do presidente da sigla, Luciano Bivar, afirmam que não haverá coligação com os tucanos, algo que os aliados de Rodrigo no partido negam.
“É fato consumado que o União Brasil não vai apoiar o PSDB. Vamos convergir com outra força ou lançar uma candidatura própria”, afirma o deputado federal Júnior Bozzella (União-SP), próximo a Bivar.
Os nomes cogitados são, por exemplo, Rosângela Moro e Marcos Cintra, mas a hipótese ainda não foi discutida formalmente.
Já deputados originários do DEM, antigo partido de Rodrigo, e a família Milton Leite, influente no diretório estadual, afirmam que Bivar não tem ingerência no tema e que a coligação formal com o PSDB acontecerá. Integrantes da campanha de Rodrigo também dão a aliança como certa.
Na avaliação de Bozzella, os deputados do União Brasil que não se alinharem com o projeto de Bivar em São Paulo podem não ter acesso à estrutura de campanha que o presidente vai organizar nacionalmente e replicar nos estados —o que inclui assistência jurídica, contábil e de marketing.
Bivar flertou com a campanha de Fernando Haddad (PT), enquanto parte do partido em São Paulo defende aproximação com Tarcísio de Freitas (Republicanos). Entre integrantes do PT e do Republicanos, no entanto, a leitura é a de que o partido deve acabar fechando com Rodrigo e que a ameaça de desembarque foi um blefe.