O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou durante audiência na Câmara dos Deputados nesta última terça-feira (5) que entrará com um processo contra o deputado Marcos Pollon (PL-MS) por associá-lo ao Comando Vermelho. O chefe da Pasta afirmou que o deputado fez uma ‘insinuação criminosa’, após o parlamentar ter questionado se Silvio teria ligação com a organização criminosa antes ou depois de entrar no governo. Por conta do comentário, o ministro foi à Casa prestar esclarecimentos sobre a participação de Luciane Barbosa Farias, ‘a dama do tráfico do Amazonas’.
A audiência da última terça-feira atendeu a 14 diferentes requerimentos parlamentares para esclarecer a a participação de Luciane Barbosa Farias em evento promovido pelo ministério. Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, condenado a 31 anos de prisão.
“Vossa Excelência faz uma pergunta que insinua uma vinculação minha como advogado ao Comando Vermelho. O que o senhor está fazendo agora, o senhor está fazendo uma insinuação caluniosa e difamatória”, rebateu Almeida ao ser questionado por Pollon. O ministro também afirmou que “[Pollon] sendo um advogado experiente, sabe muito bem que esse tipo de pergunta traz embutida um tipo de insinuação que é criminosa.”
A presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, deputada federal Bia Kicis (PL-DF), saiu em defesa o colega parlamentar e justificou que parlamentares possuem ‘imunidade’ para perguntar o que bem entenderem. “Nós temos imunidade parlamentar para perguntar. Somos absolutamente imunes. Aqueles que querem relativizar a nossa imunidade, nós iremos nos unir contra isso. Aqui não houve cometimento de crime algum”.