Roberto Carlos quer que gestante possa optar por parto cesariano

Projeto de lei que dispõe sobre a possibilidade da gestante optar pelo parto cesariano, a partir da 39ª semana de gestação na rede pública baiana foi apresentado na AL-BA. O autor da proposta, o deputado Roberto Carlos (PDT), acredita que se a proposição for aprovada vai dar autonomia a parturiente para decidir sobre a sua saúde e a sua vida.

“O que temos visto ultimamente é que os defensores do parto normal (contrários à cesária) se apegam à ideia (correta) de que as parturientes têm direito ao próprio corpo e devem ter seu desejo respeitado. Porém, defendem o direito de a parturiente escolher (e ser respeitada) apenas quando a parturiente escolhe o parto normal, ou o parto natural. Se a opção for pela cesariana fica presumindo que essa mulher não foi bem informada e esclarecida. Fica claro que, na verdade o que se vê é um movimento que quer impor suas próprias convicções a todas as mulheres”, explicou o legislador.

Para o deputado, se a gestante for bem orientada pelo médico que a acompanha, a gestante pode escolher a via de parto de sua preferência, sendo certo que as intercorrências havidas no momento do parto serão levadas em consideração para, eventualmente, adotar-se um caminho diverso daquele, a princípio, almejado.

Muitos são os casos em que, por conta da submissão ao parto normal, o bebê sofre durante o parto ficando saqueado para o resto da vida, em virtude da popularmente chamada paralisia cerebral. Nas situações mais graves pode levar à morte do bebê, seja dentro do ventre materno, seja alguns dias após o nascimento., havendo, inclusive, situações em que os médicos foram processados por lesão corporal e homicídio, por terem obrigado a mulher a sofrer por muitas horas na tentativa de um parto normal”, justificou o deputado.

O PL 23.484/2019 vai ser apreciado pelas Comissões de Constituição e Justiça, Comissão dos Direitos da Mulher, Comissão de Saúde e Saneamento e Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle.