domingo 12 de maio de 2024
Cadeira do presidente da Câmara dos Deputados - Foto: Reprodução/Ag. Câmara
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segunda-feira 30 de janeiro de 2023 às 05:05h

Presidentes de Câmara e Senado carregam ‘maldição’ após mandato

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Dos 30 antecessores de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, mais de 20 viveram declínio ao deixarem posto

As cadeiras de presidente da Câmara dos Deputados e do Senado federal, que novamente entram em disputa nesta quarta-feira (1º), carregam conforme reportagem de Ranier BragonDanielle Brant, da Folha, uma “maldição” para a maioria daqueles que as ocuparam.

A de se manter em evidência ou, mais difícil ainda, ascender politicamente em comparação à ex-função, que está entre as mais importantes da República.

Nenhum político que ocupou essas cadeiras na história recente conseguiu depois chegar à Presidência da República pelo voto direto. Isso só ocorreu há cerca de 100 anos, com três senadores da República Velha (1889-1930).

No atual período democrático, 20 dos 30 antecessores do deputado Arthur Lira (PP-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) —que disputam a reeleição nesta quarta (1º)— passaram por estagnação política, declínio ou morreram pouco depois de deixar o mandato.

A perda ou iminente perda de poder é descrita na política por meio de algumas simbologias, como a de que até o café servido passa a ser frio, ou expressões como a síndrome do pato manco, mais comumente usada na política norte-americana para descrever a situação de presidentes em fim de mandato.

No caso da Câmara dos Deputados brasileira, uma metáfora usada por Ulysses Guimarães, que presidiu a Casa de 1985 a 1989, é repetida por Arlindo Chinaglia (PT-SP), que ocupou o mesmo posto do início de 2007 ao início de 2009.

A de que o presidentes da Câmara que volta ao rame-rame diário de um deputado comum é igual a um piano de cauda saindo do caminhão de mudança —todo mundo acha imponente, digno de respeito, mas ninguém sabe direito onde colocar aquilo.

“O determinante é como você chegou à presidência da Câmara e como você exerceu. Eu cheguei à conclusão de que às vezes mais importante do que você ganhar é como você ganhou. No meu caso, o que mais me sensibilizou foi o dia que eu presidi a última sessão. A hora que eu levantei da cadeira, eu fui aplaudido de pé. É aí que você sabe se você é respeitado ou não”, afirma Chinaglia.

O petista, que toma posse na quarta do seu oitavo mandato, tentou voltar ao comando da Câmara em 2015, mas, mesmo sendo o candidato oficial da presidente Dilma Rousseff (PT), perdeu no primeiro turno para Eduardo Cunha (MDB-RJ), que se tornou posteriormente o líder do processo que resultou no impeachment da presidente.

Os quatro antecessores de Arthur Lira passaram por situação parecida ou pior.

Marco Maia (PT-RS), que presidiu a Câmara no biênio 2011-2012, não conseguiu se reeleger deputado federal em 2018, saiu em período sabático no ano seguinte e, depois, virou diretor de uma fintech.

Seu sucessor no mais alto posto da Câmara, Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) virou ministro do Turismo na gestão Dilma Rousseff, mas acabou preso em 2017 pela Operação Lava Jato. Tentou voltar à Câmara dos Deputados em 2022 para o seu 12º mandato, mas não se elegeu.

Eduardo Cunha (2015-2016) começou a assistir ao declínio político ainda na cadeira da presidência da Câmara.

Após liderar o impeachment de Dilma, foi afastado do cargo e do mandato pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em maio de 2016, em meio às investigações da Lava Jato. Em setembro teve o mandato cassado pelo plenário da Câmara e, em outubro, foi preso.

Tentou voltar à Câmara nas eleições de 2022, desta vez por São Paulo, mas teve pouco mais de 5.000 votos e não se elegeu. Ele não quis dar entrevista.

Rodrigo Maia (RJ), que derrotou o centrão de Cunha e o sucedeu em 2016, foi um dos mais poderosos e longevos presidentes da Câmara.

Foram quatro anos, seis meses e 19 dias de comando —um mandato-tampão e dois completos—, o maior período ininterrupto desde Ranieri Mazzilli (1958-1965).

Nesse período, Maia foi, por exemplo, crucial para que Michel Temer (2016-2018) resistisse no cargo de presidente da República durante o escândalo da JBS, em 2017.

Já sob Bolsonaro, Maia conteve o andamento da chamada “agenda de costumes”, distribuiu uma profusão de notas de repúdio contra assanhos antidemocráticos do mandatário e capitaneou ações na área econômica, como a reforma da Previdência.

Ao ver seu candidato (Baleia Rossi, do MDB) ser derrotado por Lira em 2021, porém, o poder se esvaiu de uma hora para outra.

“Essa é a beleza da democracia, a alternância de poder. A pessoa, quando sai da presidência da República, cai no mesmo dilema. Eu acho que o grande desafio é você não ficar olhando para trás, compreender que aquele circo passou e que você tem que procurar outros caminhos”, afirmou Maia.

O deputado assumiu uma secretaria na gestão de João Doria, em São Paulo, não se candidatou em 2022 e afirma que voltará para a iniciativa privada a partir desta quinta-feira (2).

“Eu mesmo vim para São Paulo, foi um ótimo aprendizado. Agora estou indo para a iniciativa privada, e não deixei de ter meu espaço. Dei várias entrevistas desde que eu saí da da presidência da Câmara, dando a minha opinião. Então, continuo sendo um ator importante da política brasileira, sabendo que nada é comparável com a presidência da República, da Câmara ou do Senado.”

Voltando mais no tempo, há os casos de presidentes que morreram de forma inesperada pouco após deixar o poder (Ulysses Guimarães e Luís Eduardo Magalhães) ou que, assim como Cunha, tiveram o nome envolvido em suspeitas de malfeito ainda na cadeira ou logo após deixá-la (Ibsen Pinheiro, Severino Cavalcanti e João Paulo Cunha).

Ibsen foi uma das figuras centrais do impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992.

No entanto, teve o mandato de deputado cassado dois anos depois em meio ao escândalo dos Anões do Orçamento. Embora o STF tenha em 1999 arquivado por falta de provas o processo no qual ele era acusado de enriquecimento ilícito e sonegação fiscal, Ibsen jamais recuperou o status político.

Como exceções à “maldição”, é possível citar, entre outros, Michel Temer (MDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).

Ambos tinham forte ascendência sobre os seus partidos quando deixaram o posto. O primeiro se elegeu vice-presidente e, após ser um dos líderes do movimento pelo impeachment de Dilma, assumiu a Presidência.

O segundo, governou Minas Gerais por dois mandatos e se elegeu senador, chegando a quase vencer a disputa à Presidência da República, em 2014.

Ambos passaram por declínio político, mas muitos anos depois de deixarem o comando da Câmara.

CONHEÇA OS PRESIDENTES DA CÂMARA E DO SENADO DESDE O IMPÉRIO

Ulysses Guimarães, José Sarney e Michel Temer estão entre os que mais vezes ocuparam essas cadeiras

Veja quem comandou a Câmara nos últimos 200 anos

PRESIDENTES DA CÂMARA

Império

8.mai.1826 a 4.mai.1827 – Luiz Pereira Nóbrega de Souza Coutinho

4.mai.1827 a 2.jun.1827 – Francisco de Paula Souza e Melo

2.jun.1827 a 5.mai.1828 – Pedro de Araújo Lima (Visconde de Olinda)

5.mai.1828 a 3.jul.1828 – José da Costa Carvalho

3.jul.1828 a 4.mai.1829 – Romualdo Antônio de Seixas (Arcebispo da Bahia)

4.mai.1829 a 4.mai.1830 – Pedro de Araújo Lima (Visconde de Olinda)

4.mai.1830 a 3.jul.1830 – José da Costa Carvalho

3.jul.1830 a 3.ago.1830 – José Ribeiro Soares da Rocha

3.ago.1830 a 4.mai.1831 – José da Costa Carvalho

4.mai.1831 a 2.jul.1831 – Martim Francisco Ribeiro de Andrada

2.jul.1831 a 4.mai.1832 – José Martiniano de Alencar

4.mai.1832 a 5.mai.1834 – Antônio Paulino Limpo de Abreu (Visconde de Abaeté)

5.mai.1834 a 3.jun.1834 – Bento de Oliveira Braga

3.jun.1834 a 2.ago.1834 – Venâncio Henriques de Rezende

2.ago.1834 a 4.mai.1835 – Antônio Maria de Moura (bispo eleito)

4.mai.1835 a 9.set.1837 – Pedro de Araújo Lima

9.set.1837 a 4.mai.1840 – Cândido José de Araújo Viana

4.mai.1840 a 4.mai.1841 – Joaquim Marcelino de Brito

4.mai.1841 a 3.ago.1841 – Romualdo Antônio de Seixas (Arcebispo da Bahia)

3.ago.1841 a 25.abr.1842 – Venâncio Henriques de Rezende

25.abr.1842 a 2.jan.1843 – Martim Francisco Ribeiro de Andrada

2.jan.1843 a 2.jan.1845 – Manoel Inácio Cavalcanti de Lacerda

2.jan.1845 a 3.jun.1845 – Antônio Paulino Limpo de Abreu (Visconde de Abaeté)

3.jun.1845 a 4.jun.1846 – José Joaquim Fernandes Torres

4.jun.1846 a 04.mai.1847 – Francisco Muniz Tavares

4.mai.1847 a 3.jun.1848 – José Pedro Dias de Carvalho

3.jun.1848 a 2.jan.1850 – Antônio Pinto Chichorro da Gama

2.jan.1850 a 13.ago.1851 – Gabriel Mendes dos Santos

8.mai.1851 a 11.mai.1852 – José Idelfonso de Souza Ramos

12.mai.1852 a 9.mai.1854 – Antônio Peregrino Maciel Monteiro

9.mai.1854 a 4.mai.1859 – Braz Carneiro Nogueira da Costa Gama (Visconde de Baependi)

11.mai.1859 a 4.mai.1861 – Braz Carneiro Nogueira da Costa Gama (Conde de Baependi)

4.mai.1861 a 2.jan.1864 – Pedro Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque (Visconde de Camaragibe)

2.jan.1864 a 15.jan.1864 – Zacarias de Góes e Vasconcelos

1º.fev.1864 a 3.ago.1864 – Francisco José Furtado

3.ago.1864 a 9.ago.1866 – Camilo Maria Ferreira Armond (Barão de Prados)

9.ago.1866 a 23.mai.1867 – Joaquim Saldanha Marinho

23.mai.1867 a 12.mai.1869 – Francisco de Paula da Silveira Lobo

12.mai.1869 a 22.jun.1869 – Pedro Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque (Visconde de Camaragibe)

23.jun.1869 a 9.mai.1870 – Joaquim Octávio Nébias

9.mai.1870 a 3.ago.1871 – Braz Carneiro Nogueira da Costa Gama (Conde de Baependi)

3.ago.1871 a 10.mar.1873 – Jerônimo José Teixeira Junior

10.mar.1873 a 8.jun.1874 – Araújo Góis

8.jun.1874 a 3.fev.1877 – Manoel Francisco Correia

3.fev.1877 a 16.dez.1878 – Paulino José Soares de Souza

16.dez.1878 a 18.jan.1882 – Camilo Maria Ferreira Armond (Visconde de Prados)

18.jan.1882 a 17.fev.1882 – Martinho Álvares da Silva Campos

17.fev.1882 a 17.mar.1882 – Martim Francisco Ribeiro de Andrada

17.mar.1882 a 17.jul.1882 – João Ferreira de Moura

17.jul.1882 a 3.jun.1884 – José Rodrigues de Lima Duarte

3.jun.1884 a 4.ago.1884 – Antonio Moreira de Barros

4.ago.1884 a 11.mar.1885 – Manoel Alves de Araújo

11.mar.1885 a 21.mai.1885 – Antonio Moreira de Barros

21.mai.1885 a 29.ago.1885 – Franklin Américo de Menezes Dória

29.ago.1885 a 5.mai.1886 – André Augusto de Pádua Fleury

5.mai.1886 a 4.mai.1887 – Domingos de Andrade de Figueira

4.mai.1887 a 4.mai.1888 – Augusto Olímpio Gomes de Castro

4.mai.1988 a 15.nov.1889 – Venâncio Henriques de Rezende (Barão de Lucena)

República

1891 – Mata Machado

1892 – Bernardino de Campos

1893 – João Lopes Ferreira Filho

1894 – 1895 – Francisco de Assis Rosa e Silva

1896 – 1897 – 1898 – Arthur Rios

1899 – 1900 – 1902 – Vaz de Melo

1903 – 1904 – 1905 – 1906 – Paulo Guimarães

1907 – 1908 – 1909 – Carlos Peixoto Filho

1909 – 1919 – Sabino Barroso

1915 – 1920 – Astolfo Dutra

1920 – Bueno Brandão

1921 – 1926 – Arnolfo Azevedo

1927 – 1930 – Rego Barros

1934 – 1936 – Antônio Carlos

1937 – Pedro Aleixo

1946 – Honório Monteiro

1947 – 1948 – Samuel Duarte

1949 – 1950 – Cirilo Júnior

1951 – 1954 – Nereu Ramos

1955 – Carlos Luz

1955 – Flores da Cunha

1956 – 1957 – Ulysses Guimarães

1958 – 1965 – Ranieri Mazzilli

1965 – 1966 – Bilac Pinto

1966 – Adaucto Cardoso

1966 – 1968 – Baptista Ramos

1968 – 1970 – José Bonifácio

1970 – 1971 – Geraldo Freire

1971 – 1973 – Pereira Lopes

1973 – 1975 – Flávio Marcílio

1975 – 1977 – Célio Borja

1977 – 1979 – Marco Maciel

1979 – 1981 – Flávio Marcílio

1981 – 1983 – Nelson Marchezan

1983 – 1985 – Flávio Marcílio

1985 – 1987 – Ulysses Guimarães

1987 – 1989 – Ulysses Guimarães

1989 – 1991 – Paes de Andrade

1991 – 1993 – Ibsen Pinheiro

1993 – 1995 – Inocêncio de Oliveira

1995 – 1997 – Luís Eduardo Magalhães

1997 – 1999 – Michel Temer

1999 – 2001 – Michel Temer

2001 – 2002 – Aécio Neves

2002 – 2003 – Efraim de A. Morais

2003 – 2005 – João Paulo Cunha

2005 – João Severino Cavalcanti

2005 – 2007 – Aldo Rebelo

2007 – 2009 – Arlindo Chinaglia

2009 – 2010 – Michel Temer

2011 – 2013 – Marco Maia

2013 – 2014 – Henrique Eduardo Alves

2015 – 2016 – Eduardo Cunha

2016 – 2021 – Rodrigo Maia

2021 – Arthur Lira

Veja quem comandou o Senado nos últimos 200 anos

Veja o nome de todos os presidentes do Senado desde 1826:

PRESIDENTES DO SENADO

Império (1826-1889)

1826 – 1827 – José Egídio Álvares De Almeida

1827 – 1832 – D. José Caetano Da Silva Coutinho

1832 – 1836 – Bento Barroso Pereira

1837 – 1837 – Antônio Luiz Pereira da Cunha

1838 – 1838 – Manuel Jacinto Nogueira da Gama

1839 – 1840 – Diogo Antônio Feijó

1840 – 1841 – Francisco Vilela Barbosa

1841 – 1841 – Estevão Ribeiro de Rezende

1842 – 1843 – José da Costa Carvalho

1844 – 1847 – João Vieira de Carvalho

1847 – 1850 – Luiz José de Oliveira Mendes

1851 – 1853 – Cândido José de Araújo Viana

1854 – 1861 – Manoel Inácio Cavalcanti de Lacerda

1861 – 1873 – Antônio Paulino Limpo de Abreu

1874 – 1881 – José Ildefonso de Souza Ramos

1881 – 1885 – João Maurício Wanderley

1885 – 1887 – Braz Carneiro Nogueira da Costa Gama

1887 – 1888 – João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu

1888 – 1888 – Antônio Cândido da Cruz Machado

1889 – 1889 – Paulino José Soares de Souza

República Velha (1889 – 1930)

1891 – 1891 – Floriano Vieira Peixoto

1891 – 1894 – Prudente José de Moraes Barros

1895 – 1898 – Manoel Vitorino Pereira Marquês de Santo Amaro

1898 – 1902 – Francisco de Assis Rosa e Silva

1902 – 1906 – Afonso Augusto Moreira Pena

1906 – 1909 – Nilo Procópio Peçanha

1910 – 1914 – Venceslau Brás Pereira Gomes

1914 – 1918 – Urbano Santos da Costa Araújo

1918 – 1920 – Delfim Moreira da Costa Ribeiro

1920 – 1922 – Francisco Álvaro Bueno de Paiva

1922 – 1926 – Estácio de Albuquerque Coimbra

1926 – 1930 – Fernando de Mello Viana

Pós-1930

1935 – 1937 – Antônio Garcia de Medeiros Neto

1936 – 1936 – Waldomiro de Barros Magalhães

1946 – 1951 – Nereu de Oliveira Ramos

1951 – 1954 – João Fernandes Campos Café Filho

1951 – 1954 – Alexandre Marcondes Machado Filho

1956 – 1958 – Apolônio Jorge de Faria Salles

1956 – 1961 – João Belchior Marques Goulart

Pós-1964

1961 – 1968 – Auro Soares de Moura Andrade

1968 – 1970 – Gilberto Marinho

1970 – 1971 – João Cleofas de Oliveira

1971 – 1973 – Petrônio Portella Nunes

1973 – 1973 – Filinto Muller

1973 – 1975 – Paulo Francisco Torres

1975 – 1977 – José de Magalhães Pinto

1977 – 1979 – Petrônio Portella Nunes

1979 – 1981 – Luiz Viana Filho

1981 – 1983 – Jarbas Gonçalves Passarinho

1983 – 1983 – Nilo de Souza Coelho

1983 – 1985 – Moacyr Dalla

Nova República
(a partir de 1985)

1985 – 1987 – José Fragelli

1987 – 1989 – Humberto Lucena

1989 – 1991 – Nelson Carneiro

1991 – 1993 – Mauro Benevides

1993 – 1995 – Humberto Lucena

1995 – 1997 – José Sarney

1997 – 1999 – Antonio Carlos Magalhães

1999 – 2001 – Antonio Carlos Magalhães

2001 – 2001 – Jader Barbalho

2001 – 2001 – Edison Lobão

2001 – 2003 – Ramez Tebet

2003 – 2005 – José Sarney

2005 – 2007 – Renan Calheiros

2007 – 2007 – Renan Calheiros

2007 – 2007 – Tião Vianna

2007 – 2009 – Garibaldi Alves

2009 – 2011 – José Sarney

2011 – 2013 – José Sarney

2013 – 2015 – Renan Calheiros

2015 – 2017 – Renan Calheiros

2017 – 2019 – Eunício Oliveira

2019 – 2021 – Davi Alcolumbre ​

2021 – Rodrigo Pacheco

Uma das explicações para a “maldição” das cadeiras de presidente da Câmara e do Senado é a de que elas representam um dos principais cargos da República, o que torna complexa a tarefa de manter ou ampliar o poder após deixá-la.

O presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória da presidência. O do Senado, o terceiro. Além de chefiarem o Congresso, ambos têm em suas mãos o controle sobre projetos e temas que irão a voto ou serão engavetados, distribuição de relatorias e verbas do Orçamento aos parlamentares, entre outras funções.

No Senado, a lista de ocupantes da principal cadeira que conseguiram escapar de declínio político é mais extensa, como mostram os ainda hoje senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (União-AP), ambos mantendo ainda grande influência política no Congresso.

Mas a queda livre também é observada por lá.

Eunício Oliveira (MDB-CE), por exemplo, não conseguiu a reeleição para senador em 2018, quando ainda estava sentado na cadeira de presidente da Casa. Ele voltará ao Congresso a partir desta quarta, mas na condição de deputado federal. A Folha não conseguiu falar com o parlamentar.

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