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Prefeitura de Salvador afirma que BRT prevê compensação de árvores derrubadas

segunda-feira 23 de abril de 2018 às 08:08h

As obras de implantação dos corredores exclusivos do BRT (sigla para “ônibus rápido” em inglês) asseguram, segundo a Prefeitura de Salvador, a compensação por árvores suprimidas – além do transplantio de vegetais, paisagismo, ciclovia e construção de áreas de convivência.

No total, de acordo com a gestão municipal, serão 154 árvores suprimidas e 169 transplantadas para o entorno dos próprios corredores e Parque da Cidade. Além disso, duas mil novas espécimes oriundas da Mata Atlântica serão plantadas na cidade como compensação, seguindo o que determina o Plano Diretor de Arborização Urbana de Salvador, elaborado pela Prefeitura e aprovado em 2017.

A compensação já começou na semana passada, com o início do plantio de 300 novas árvores na Via Expressa, todas de espécimes da Mata Atlântica. Outras 1,7 mil árvores serão plantadas no entorno do BRT, que vai ligar a Estação da Lapa à região da rodoviária. Na primeira etapa das obras, executadas pelo Consórcio BRT, os corredores irão ligar o Parque da Cidade à região da rodoviária, num investimento de R$212,7 milhões, obtidos via financiamento junto à Caixa Econômica Federal, com a geração de 700 empregos diretos.

O BRT é um ônibus articulado de 23 metros de cumprimento, climatizado, com capacidade de beneficiar 31 mil pessoas por hora em horários de pico, com mais agilidade do que o sistema convencional, pois vai circular em via segregada de tráfego (sem passar por semáforos ou pegar engarrafamento). Cada veículo do BRT, que terá velocidade máxima de 40km/h, poderá transportar até 170 passageiros por viagem.

O projeto
O acesso a um veículo do BRT será via estação, com paradas programadas e monitoradas via GPS, com acesso via plataforma e através de portas largas, favorecendo o rápido embarque e desembarque. O novo modal vai beneficiar 340 mil pessoas que diariamente utilizam o ônibus comum para circular entre as avenidas Vasco da Gama, Juracy Magalhães e ACM, por onde o BRT, que será integrado ao metrô, vai passar saindo da Lapa até chegar à região da rodoviária.

As intervenções, que devem durar 28 meses na primeira etapa, ainda envolvem a construção de três viadutos, sendo um no sentido Parque da Cidade/Lucaia, outro na direção Parque da Cidade/Iguatemi e mais um no Iguatemi, perto do viaduto Raul Seixas. No Cidadela e na região do Hiper, serão erguidos elevados paralelos para a implantação das estações em cada um desses locais.

Os viadutos irão permitir a eliminação de cruzamentos, sinaleiras, retornos e diminuir os engarrafamentos. Já os elevados irão abrigar as estações do BRT, com toda acessibilidade, segurança e conforto. Além disso, uma ciclovia segregada será construída entre a Lapa e a área do Shopping da Bahia. E, abaixo dos viadutos e elevados, áreas de convivência com praças e jardins serão implementadas. Vale lembrar que todo o projeto do BRT foi discutido em várias audiências, inclusive com a presença do Ministério Público da Bahia, e que moradores de áreas como Nordeste de Amaralina, Santa Cruz e Vale das Muriçocas desejam já muito tempo contar com um transporte de massa de média ou grande porte.

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