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sexta-feira 16 de abril de 2021 às 12:23h

Prefeitos fazem apelo para que Banco do Brasil não feche agências nos municípios

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O plano de reestruturação anunciado pelo Banco do Brasil, com o consequente fechamento de agências bancárias nos municípios brasileiros, foi pauta de uma reunião da Confederação Nacional de Municípios (CNM), das associações municipalistas estaduais, entre elas a UPB, com o vice-presidente de Agronegócio e Governo do Banco do Brasil, João Rabelo Jr, na tarde desta quinta-feira(15). No encontro virtual, os representantes dos prefeitos fizeram um apelo para que a medida seja revista, tendo em vista o impacto negativo no desenvolvimento local, no esvaziamento do comércio e na desassistência ao cidadão, que no interior do Brasil, sobretudo no Nordeste, possuem acesso precário à internet e meios digitais.

Rabelo disse entender a preocupação dos prefeitos e a legitimidade do pleito, mas se mostrou alheio à realidade dos municípios. Em sua fala ele citou a expansão digital e o investimento em tecnologia feito pelo banco, explicou que a medida visa manter a competitividade do BB no mercado e disse que questões pontuais podem ser analisadas. Ficou acordado que um documento será elaborado pela CNM, com os presidentes das associações municipalistas estaduais, relatando o problema para que seja analisado pelo conselho executivo do Banco do Brasil. “Os municípios são os maiores parceiros do banco para gerar renda, o que faz parte da nossa missão”, afirmou.

O presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá, foi representado na reunião pelo coordenador jurídico da entidade, Isaac Newton Carneiro, que listou como o Banco do Brasil está presente na economia dos municípios, no apoio ao pequeno agricultor, favorecendo o desenvolvimento através de investimento das prefeituras em obras e maquinários, na oferta de crédito, no fomento à agricultura familiar, no acesso a benefícios de aposentadoria e no pagamento da folha dos servidores municipais. “São 26 municípios baianos que perderão sua única agência e sua capacidade de operacionalização de crédito”, lamentou sobre a grave situação.

Realidade local

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, destacou que os gestores estão sofrendo “uma pressão absurda da sua população” contra o fechamento das agências. Segundo ele, esse “é um assunto extremamente grave” que precisa de uma escuta do banco sobre a realidade do interior do Brasil. “Nós temos mil municípios que não têm acesso à internet e outros mil com acesso precário”, ponderou sobre a dificuldade de substituir as agências por serviços digitais. Aroldi acabou por questionar: “Vão fechar o Banco do Brasil e quando fecharão as prefeituras?”.

Os prefeitos ressaltaram que o momento não é adequado para mudanças e o fechamento de agências durante a pandemia, certamente, gerará aglomerações e um trânsito maior de pessoas. Os gestores também comentaram que quando o cidadão se desloca para outros polos comerciais para fazer movimentações bancárias, o dinheiro deixa de circular no município, esvaziando o comércio local.

Diante da gravidade da situação, o presidente da UPB, Zé Cocá, decidiu que a entidade fará um levantamento das condições dos municípios afetados pelas medidas de reestruturação do Banco do Brasil e apresentará à bancada de deputados e senadores baianos o pedido para que defendam o papel social de banco público em promover o desenvolvimento econômico sustentável da nação.

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