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sábado 29 de maio de 2021 às 07:13h

Práticos querem ser incluídos na vacinação contra a Covid-19

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A categoria dos práticos, profissionais que manobram navios de grande porte para dentro dos portos, não foi incluída no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19 que permitiu o início da imunização dos trabalhadores portuários no Brasil.

Os práticos assumem a direção dos navios que chegam na entrada dos portos e comandam sua atracação no lugar do responsável oficial das embarcações. Eles conhecem melhor as características do local, reduzindo o risco, por exemplo, de um navio ficar encalhado em um banco de areia, paralisando toda a operação portuária.

Os práticos são, portanto segundo a coluna Radar, os primeiros a terem contato com tripulações estrangeiras que chegam ao país. A função, apesar de privada, é escolhida por concurso público e não se enquadra no conceito de “trabalhadores portuários”.

Desde março do ano passado que a categoria defende a imunização dos profissionais junto ao Ministério da Saúde. Em dezembro, uma carta foi enviada à pasta pleiteando a inclusão do grupo, hoje com cerca de 632 práticos, no PNO, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. Em abril, uma nova solicitação foi feita, sem resposta.

Segundo o ministério da Infraestrutura, estados e municípios têm autonomia para incluir a vacinação de práticos junto com a dos portuários, mas a expectativa, segundo a pasta, é que eles sejam vacinados em um “segundo momento”.

A situação do cargueiro Hansa Asia que atracou ontem em Itacoatiara, cidade a cerca de 300 quilômetros em linha reta de Manaus, no Amazonas, revela o cenário dramático dos práticos no país.

O navio vindo de Trinidad e Tobago, na América Central, aportou em Macapá (AM) para o embarque de dois práticos que conduziram a embarcação em uma viagem de três dias pelo Rio Amazonas. Ao chegar em Itacoatiara, o navio, a tripulação e os práticos tiveram que ser postos em quarentena.

Um dos práticos apresentou sintomas e testou positivo para a doença. Ele está desde ontem em um hotel modesto na cidade, que não dispõe de leito de UTI. Novos testes na tripulação e nos profissionais serão feitos hoje para avaliar se outras pessoas também se contaminaram.

O conselho que representa a categoria alerta para o risco de apagão de mão de obra no setor caso haja o aumento das contaminações. Desde o início da pandemia, ao menos três práticos morreram da doença.

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