Conforme publicou o Bnews, diversos integrantes e políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) trataram de se manifestar a respeito da nomeação de João Roma (Republicanos) para o Ministério da Cidadania. Segundo o grupo, o movimento é resultado de um suposto alinhamento político entre o presidente nacional do DEM, ACM Neto, e o presidente Jair Bolsonaro. Neto nega.
De acordo com o presidente do PT de Salvador, Ademário Costa, a escolha “deixa ainda mais claro os arranjos do centrão com o Governo Bolsonaro e o papel do DEM neste processo”. “Diante de tudo isso, ACM Neto diz em suas redes sociais que lamenta a decisão de Roma e a nomeação é uma forma de Bolsonaro intimidá-lo. Ele está terceirizando sua participação no governo federal com o objetivo de enganar a população. Suas declarações não passam de jogo de cena. Enquanto ele lamenta nas redes sociais seus aliados festejam nas alcovas”, declarou Ademário em um comunicado distribuído nesta sexta-feira (12).
O dirigente ainda acrescentou que “João Roma é neto do ex-deputado federal João Roma, que era do Arena, partido de sustentação da ditadura militar, assim como Antônio Carlos Magalhães”. “Não há como negar a relação estreita entre eles (Roma e ACM Neto), resultando em um plano com interesses próprios, a favor de Bolsonaro e contra o Brasil”, concluiu.
A líder do PT na Câmara de Salvador, Marta Rodrigues, afirmou que Neto traiu o ex-presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), ao supostamente facilitar a eleição de Arthur Lira (PP). “Depois da traição de ACM Neto ao amigo Rodrigo Maia, do DEM, para apoiar o candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, eis que o amigo íntimo dele, João Roma, ganha nada mais, nada menos que um ministério! Se ainda pairavam dúvidas que ACM Neto esteve ao lado do projeto nefasto de Bolsonaro, agora já não resta mais”, alfineta.
“O ministério da Cidadania, pasta importante, nas mãos de seu braço direito escancara o jogo feito pelo ex-prefeito que sempre denunciamos: de grupos políticos que enganam a população e sorrateiramente se ocupam no poder para favorecer as elites e atrapalhar o progresso e o combate às desigualdades sociais. Neto de quem é, não poderia se esperar outra forma de fazer política se não com as alianças mais escusas e antiéticas possíveis, tudo pela ganância do poder, menosprezando a população brasileira. Nós sabemos de que lado estamos e não é de um governo genocida, culpado por mais de 230 mil mortes, que nega a ciência diante de uma pandemia, retrocede na educação e desrespeita a diversidade da população”, finaliza.