A artilharia aberta contra Edinho Silva, nome favorito do presidente Lula da Silva (PT) para comandar o PT, é vista por uma ala do partido como uma manobra da atual direção para manter o controle sobre o dinheiro da legenda.
A avaliação do grupo ligado ao ex-prefeito de Araraquara é que um segmento da CNB, corrente majoritária do PT, que trabalha contra Edinho, estaria “criando dificuldade para vender facilidade”. O foco seria criar empecilhos para o ex-prefeito ser o presidente da sigla e, em troca, manter o controle da tesouraria do partido, que é a área responsável pelo caixa do PT, incluindo os recursos do fundo eleitoral.
A tesoureira do partido, Gleide Andrade, inclusive, foi uma das integrantes da atual direção mais incisivas na reunião de quinta-feira passada contra o nome de Edinho. O encontro deflagrou uma nova crise interna no PT sobre o comando do partido.
Segundo integrantes do grupo do ex-prefeito, o encontro teria sido levado a Lula como uma agenda para pacificar a legenda, mas acabou vazado para a imprensa como um movimento contra a candidatura de Edinho.
O presidente da fundação Perseu Abramo, Paulo Okamoto, foi o responsável por levar Lula à reunião. Parte dos integrantes do PT afirma que OKamotto teria dito que se arrependeu de ter levado Lula ao local.