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O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula / Montagem: Raoni Arruda
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domingo 10 de julho de 2022 às 08:10h

Os caminhos percorridos por Lula e Bolsonaro em um ano de pesquisa

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Por mais que os bolsonaristas desdenhem delas, as pesquisas são acompanhadas segundo  Daniel Pereira, da revista Veja, com lupa por políticos e marqueteiros em ano eleitoral. O último levantamento Genial/Quaest, por exemplo, foi festejado por aliados do presidente da República — menos porque ele diminuiu a diferença para Lula de 16 para 14 pontos percentuais, e mais porque reduziu a vantagem do petista em dois nichos nos quais enfrenta dificuldade, as mulheres e os nordestinos.

Os levantamentos ajudam a ajustar discursos e agendas de campanha e, muitas vezes, movem as expectativas de poder de um lado para outro. No início do ano, petistas graúdos diziam acreditar na possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno. Agora, o entorno mais próximo do ex-presidente trabalha com a possibilidade de uma eleição em dois turnos, principalmente com a iminente aprovação do pacote bilionário lançado por Bolsonaro para, entre outras coisas, ampliar o Auxílio Brasil e pagar uma ajuda mensal de 1000 reais a caminhoneiros autônomos.

Analisadas rodada a rodada, as pesquisas dão a impressão, às vezes, de mudanças expressivas no cenário, mas, no caso dos protagonistas corrida presidencial, as alterações não são tão grandes quanto parecem, considerado um prazo de um ano. Alguns dados são elucidativos. A avaliação negativa do governo Bolsonaro era de 45% em julho de 2021 e ficou em 47% em julho deste ano, segundo a Genial/Quaest. Já a avaliação positiva se manteve em 26% no mesmo período.

Lula e Bolsonaro subiram juntos, quase no mesmo ritmo, quando os entrevistados são perguntados sobre quem eles preferem que vença a disputa. Em julho de 2021, 41% responderam Lula e 24% Bolsonaro. Em julho deste ano, 45% afirmaram Lula e 30% Bolsonaro. A diferença entre eles, que era de 17 pontos, caiu para 15. Os dois também cresceram, em ritmos parecidos, na pesquisa espontânea. Entre julho de 2021 e julho de 2022, o petista saiu de 21% para 31%, enquanto o presidente foi de 18% para 24%. A diferença entre eles, que era de 3 pontos, aumentou para 7 pontos.

Em um ano de levantamento, nem Lula se desgarrou nem Bolsonaro se aproximou a ponto de ameaçar a liderança do petista, conforme a Genial/Quaest. Ambos, no entanto, conseguiram alcançar um objetivo comum: reduzir o espaço para o crescimento de uma candidatura alternativa capaz de romper a polarização. Na pesquisa espontânea, os indecisos caíram de 57% em julho de 2021 para 40% em julho de 2022. Já o percentual daqueles que não querem “nem Lula nem Bolsonaro” despencou de 31% para 20%. Os rivais avançam juntos enquanto sufocam os demais adversários.

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