Cientes do lobby do centrão para convencer Jair Bolsonaro a dividir o Ministério da Economia, recriando a pasta do Desenvolvimento, aliados de Paulo Guedes no governo fizeram as contas. A união de pastas que formou o superministério de Guedes reduziu os gastos administrativos do governo em R$ 5 bilhões.
Da forma como funcionavam antes, segundo a coluna Radar na revista Veja, a mastodôntica rede de repartições das pastas da Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Trabalho e Previdência custavam aos brasileiros R$ 15 bilhões por ano.
Reunidas na atual organização da pasta de Guedes, elas passaram a custar R$ 10 bilhões, com a simplificação de procedimentos, eliminação de órgãos administrativos replicados e a digitalização de serviços.
Para vencer o debate sobre a recriação do ministério do Desenvolvimento, que daria ao mundo político um ponto de apoio para lobbys em torno de medidas de incentivo fiscal – caminho para furar o teto de gastos, na avaliação da Economia –, o centrão terá de convencer Bolsonaro a jogar fora a economia de 20 bilhões de reais por mandato.