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No último depoimento, baiano preso na Papuda no 8 de janeiro, relatou problemas de saúde

Cleriston Pereira da Cunha morreu após um mal súbito na Papuda nesta segunda-feira Foto: Reprodução/Ação penal
quarta-feira 22 de novembro de 2023 às 08:54h

Em seu último depoimento às autoridades, Cleriston Pereira da Cunha, o homem preso pelos atos de 8 de janeiro que morreu na Penitenciária da Papuda na última segunda-feira (20), alertou sobre seus problemas de saúde. Em 31 de julho, ele contou que tinha vasculite aguda que o fazia desmaiar e ter falta de ar no presídio.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal abriu investigação sobre a morte de Cleriston, que sofreu um mal súbito durante banho de sol. Parlamentares da oposição ao governo Lula enviaram nesta terça-feira (21) um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a permanência de presos preventivamente na Papuda.

Em fevereiro, o advogado de Cleriston, Bruno Azevedo de Souza, chegou a dizer que a prisão seria uma “sentença de morte” do homem e pediu para que a Justiça concedesse liberdade provisória, o que foi negado naquele momento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu em setembro parecer favorável à liberdade provisória.

No depoimento de julho, Cleriston contou que começou a passar mal depois que foi detido pelos policiais em 8 de janeiro. Segundo o relato, ele sofreu um desmaio e acabou urinando nas roupas. Ele contou que chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Distrito Federal e só recebeu seus remédios para vasculite na manhã do dia seguinte.

Sete presos já têm parecer por liberdade

O ofício desta terça foi assinado por 66 parlamentares – 58 deputados federais e oito senadores. Segundo os congressistas, sete pessoas estão presas preventivamente com pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela concessão de liberdade provisória.

– Questionamos Vossa Excelência acerca da manutenção das prisões preventivas dos réus citados, uma vez que a própria autoridade titular da ação penal, a qual representa o interesse do Estado na punição e repressão, já se manifestou pela liberdade provisória dos presos – diz o ofício.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse que Cleriston perdeu a vida por causa da “inércia do Judiciário” e afirmou que a demora do Supremo em conceder a liberdade ao preso pode configurar um crime de responsabilidade.

– Nós, parlamentares federais, deputados e senadores, estamos pedindo com urgência que o ministro [Alexandre de Moraes] tome alguma atitude – disse.

O irmão de Cleriston, Cristiano Pereira da Cunha, vereador pelo PSD no município baiano de Feira da Mata, disse que a família está “indignada” pela morte do irmão e considerou que o STF agiu com um “descaso” ao não o beneficiar com a saída da Papuda apesar do parecer da PGR.

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