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O administrador da NASA, Bill Nelson, anunciou nesta quinta-feira (14) a criação de um departamento especializado no estudo de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAP, na sigla em inglês), que tentará dar sentido às “anomalias nos céus” que são frequentemente encontradas.
– Utilizaremos a inteligência artificial e a aprendizagem automática para procurar anomalias nos céus e continuaremos buscando habitabilidade – declarou Nelson em entrevista coletiva na qual foi apresentado um relatório sobre a forma de melhorar a identificação dos objetos voadores não identificados (OVNIs).
Nelson, que não quis anunciar quem será o responsável por este departamento, negou que o governo dos EUA não esteja sendo transparente sobre os fenômenos que são encontrados e que não podem ser identificados e insistiu que a Nasa não encontrou “nenhuma prova de que os OVNIs tenham uma origem extraterrestre”.
– Há muita preocupação hoje em dia de que existem documentos confidenciais e que o governo dos EUA não está sendo aberto. Bem, nós somos o governo dos EUA e somos abertos e seremos abertos sobre isto – observou Nelson, que também reconheceu que não podia colocar a mão no fogo por outros departamentos governamentais envolvidos na análise de OVNIs.
Em julho deste ano, um subcomitê do Congresso dos EUA solicitou ao governo que comunicasse os dados dos quais dispõe sobre OVNIs, depois de ter ouvido o testemunho de ex-militares que afirmaram tê-los visto e que também disseram que as autoridades estão guardando provas.
Os membros do subcomitê exigiram que o governo dos EUA estabelecesse um sistema “transparente e seguro” para que tais incidentes possam ser comunicados às autoridades sem prejudicar a reputação das testemunhas.
Vários dos especialistas envolvidos no estudo estiveram presentes na entrevista coletiva desta quinta, incluindo Dan Evans, que afirmou que a compreensão dos UAPs é vital porque “proporciona uma oportunidade para ampliar a nossa compreensão do mundo que nos rodeia” e que é também necessária por razões de segurança nacional.
– A presença de UAP levanta sérias preocupações sobre a segurança dos nossos céus e é obrigação desta nação determinar se estes fenômenos representam qualquer risco potencial para a segurança do espaço aéreo – afirmou.
O estudo dos OVNIs e a criação deste novo departamento será fundamental, além disso, para deixar de ver os UAPs como “algo sensacionalista” e começar a estudá-los como um fenômeno puramente científico.
