Bizarra, ridícula, absurda, conflitante, esdrúxula. Esses foram os principais adjetivos usados pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) para negar todas as acusações do processo que investiga doações de empreiteiras para campanhas do MDB no Rio Grande do Norte nos anos de 2012 e 2014.
“O que o Ministério Público faz nessa denúncia é criminalizar doações eleitorais”, disse em depoimento à 14ª Vara Federal de Natal, na manhã desta sexta-feira (13). O ex-deputado negou, insistentemente, ter conhecimento de qualquer transferência não registrada oficialmente.
Cunha foi o sexto e último réu a depor dentro do processo resultante da Operação Manus. Antes, já haviam sido ouvidos o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), o empresário Carlos Frederico Queiroz, o publicitário Arturo Arruda Câmara e o ex-diretor da Odebrecht Ambiental Fernando Ayres. O ex-presidente da OAS José Adelmário, conhecido como Léo Pinheiro, usou o direito de permanecer em silêncio.