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sexta-feira 29 de dezembro de 2023 às 11:07h

Ministros reservam dinheiro de emendas parlamentares às vésperas de ano eleitoral

DESTAQUE, ELEIÇÕES 2024, NOTÍCIAS


Às vésperas do ano novo, ministérios do governo Lula fazem um esforço concentrado segundo Vera Rosa e Eduardo Gayer, do Estadão, com o objetivo de reservar recursos para o pagamento das últimas emendas parlamentares do Orçamento de 2023. Servidores têm virado madrugadas para concluir até esta sexta-feira (29) – último dia útil do ano – todos os trâmites necessários para “empenhar” a verba, jargão técnico dado à alocação do dinheiro.

Na reta final de importantes votações no Congresso, como a da reforma tributária, o Palácio do Planalto patrocinou um acordo com deputados e senadores para a liberação de mais R$ 4 bilhões em emendas.

Os ministérios da Saúde, comandado por Nísia Trindade, e da Integração e Desenvolvimento Regional, nas mãos de Waldez Góes, foram os mais acionados na última hora. No Planalto, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva batizaram a corrida para assegurar os recursos como “força-tarefa do panetone”.

O empenho é o passo anterior ao pagamento das emendas parlamentares, dinheiro destinado por deputados e senadores a seus redutos eleitorais. A ofensiva na direção dos ministérios é comum no fim de dezembro. A pressão se torna ainda maior, porém, perto da entrada de um ano eleitoral, como o de 2024, quando haverá disputas municipais.

Na mira do Centrão, sempre ávido por mais verbas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse aos parlamentares que mais de 90% de todas as emendas individuais e de bancada já foram empenhadas pelo governo Lula.

No caso das emendas impositivas, se isso não ocorrer antes do fim do ano, o governo precisa justificar o motivo ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Aprovado pelo Congresso no último dia 22, o Orçamento prevê que o governo libere R$ 53 bilhões em emendas, em 2024. Além disso, o Executivo será agora obrigado a seguir um calendário para o desembolso do dinheiro, o que reduz o poder de barganha do Planalto a cada votação. Com isso, Lula fica cada vez mais dependente dos humores do Centrão.

“O governo de cooptação acabou. Essa relação de toma-lá-dá-cá faliu”, afirmou à Coluna o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Ou se faz uma aliança programática, com base sólida, ou não vai dar.”

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