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segunda-feira 10 de abril de 2023 às 17:50h

Ministra do Turismo e mais cinco deputados do União Brasil pedem para sair do partido

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Em meio à rebelião no União Brasil, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e outros cinco parlamentares da bancada do Rio na Câmara pediram o aval da Justiça Eleitoral para sair da sigla. Os deputados querem “justa causa” para a desfiliação, sob o argumento de “assédio” por parte da direção nacional.

Como revelou Bruno Góes, do jornal O Globo nesta segunda-feira (10), o partido passa por uma disputa política interna em vários estados, com corte de senha e acusações de fraude. O movimento dos parlamentares do Rio, com apresentação da ação na última quinta-feira, pode ter impacto na formação do ministério de Luiz Inácio Lula da Silva, já que Daniela ocupa uma das três vagas reservadas ao União Brasil no primeiro escalão do governo.

Nesta segunda-feira, o marido de Daniela Carneiro e presidente do diretório fluminense, Waguinho, pediu a desfiliação da legenda. Ele está em Brasília, onde negocia um desfecho sobre o seu futuro.

Diferentemente dos parlamentares, o prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, pode se desfiliar da sigla sem risco de punição. Já os deputados, se assim procederem, podem perder o mandato por infidelidade partidária.

Segundo um aliado do prefeito, Waguinho pode se filiar ainda nesta terça-feira ao Republicanos, partido cortejado pelo governo, mas que ainda não faz parte da base de Lula. Além de Daniela Carneiro, pediram na última quinta-feira a desfiliação da legenda os deputados Chiquinho Brazão, Juninho do Pneu, Marcos Soares, Ricardo Abrão e Dani Cunha. Da bancada do Rio, o único fora da lista é Murillo Gouvea.

Para justificar o pedido, os deputados citam o corte de senha do diretório estadual, que permitia a destinação de recursos do fundo partidário e nomeação de comissões municipais provisórias. Sem isso, não há como realizar uma convenção estadual.

“A medida (de cassar a senha) imposta pelo presidente Luciano Bivar e seu Vice, Antônio Rueda, não passou por consulta à direção nacional, da qual também faz parte o secretário-geral (…) Cumpre repisar que o arbitrário ato impede a formação e consolidação das bases do partido no estado, bem como qualquer iniciativa dirigida à preparação para as eleições municipais (2024) e geral (2026)”, argumentam os advogados dos parlamentares.

No TSE, o processo foi remetido ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposenta oficialmente a partir desta terça-feira. Segundo integrantes da sigla ouvidos pelo GLOBO, o desentendimento atual da bancada do Rio começou com a movimentação de Rueda para retirar o prefeito de Belford Roxo da direção estadual do União.

Parlamentares afirmam que Rueda trabalha para filiar o deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que assumiria o partido no estado. Além disso, os deputados da legenda veem tentativa do vice de emplacar o deputado estadual Márcio Canella (União), adversário político de Waguinho, como candidato do partido a prefeito de Belford Roxo no ano que vem.

A gota d’água da briga, porém, foi a negociação de Bivar e Rueda com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), para preencher cargos no Rioprevidência e no Detran. Os parlamentares reclamam que nem sequer foram consultados sobre as indicações. Waguinho chegou a levar as reclamações a Bivar, que reagiu cortando o acesso do presidente estadual da legenda ao sistema que permite movimentar o fundo partidário.

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