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Presidentes Lula (Brasil) e Petro (Colômbia) discutem ações para preservar a Amazônia — Foto: Cláudio Kbene/Secretaria de Comunicação da Presidência da República
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sábado 8 de julho de 2023 às 17:47h

Meu governo está comprometido a zerar o desmatamento na Amazônia, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (8), na Colômbia, que os oito países com territórios cobertos pela floresta amazônica podem assumir o compromisso de zerar o desmatamento na região até 2030, a exemplo da meta estabelecida pelo Brasil.

A declaração foi durante viagem à Leticia, na fronteira com o Brasil, para o encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia, organizada pelo governo colombiano, informa Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri, do portal g1.

O evento também contou com a participação do presidente colombiano, Gustavo Petro, que convidou Lula para o evento. Foi a primeira viagem de Lula à Colômbia neste terceiro mandato.

O encontro serviu de prévia para a Cúpula da Amazônia, que o Brasil sediará entre 8 e 9 de agosto, em Belém (PA). A cúpula reunirá os presidentes dos países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que Lula gostaria de ver assumir o compromisso de zerar o desmatamento até 2030.

  • Bolívia
  • Brasil
  • Colômbia
  • Equador
  • Guiana
  • Peru
  • Suriname
  • Venezuela

“Meu governo está comprometido a zerar o desmatamento até 2030. Esse é um compromisso que os países amazônicos podem assumir juntos na cúpula de Belém”, disse Lula.

Lula saiu de Brasília a caminho da cidade colombiana de Letícia, vizinha ao município brasileiro de Tabatinga (AM), na região amazônica, por volta das 9h30.

No encontro com o presidente colombiano, os dois discutiram medidas de preservação e desenvolvimento da Amazônia.

Durante a reunião, Lula e Petro recebem o resultado dos debates de especialistas, pesquisadores, representantes dos povos indígenas, da sociedade civil e de entidades que prestam cooperação internacional na região.

A viagem do petista à Amazônia ocorre em um período de queda no ritmo de desmatamento, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No primeiro semestre, o desmate caiu 34% em relação aos seis primeiros meses de 2022. Em junho, queda ainda maior: 41% na comparação com mesmo mês de 2022.

A preservação da floresta é uma das principais bandeiras de Lula nas viagens internacionais, em oposição à política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fragilizou a fiscalização na Amazônia.

Recursos para países com florestas

No discurso na Colômbia, Lula voltou a cobrar dos países desenvolvidos recursos para financiar ações de combate ao desmatamento em nações em desenvolvimento. O presidente quer o apoio dos demais países amazônicos.

“Vamos ter de exigir juntos que os países ricos cumpram seus compromissos incluindo a promessa feita em Copenhague em 2019, de 100 milhões de dólares por ano para ação climática, afinal foram eles que emitiram historicamente a maior parte dos gases de efeito estufa”, afirmou Lula.

Anfitrião, Petro também destacou que as promessas assumidas por países não se cumpriram, o que exige uma reflexão das medidas necessária para preservar as florestas.

Segundo o líder colombiano, combater as mudanças climáticas obriga um investimento anual de US$ 3,3 bilhões de dólares.

“Isso significa uma mudança no sistema financeiro mundial, significa uma mudança nas relações econômicas mundiais, significa priorizar a vida em vez do capital”, disse.

Observatório regional

Lula citou a proposta de estabelecer um “observatório regional da Amazônia”, que produzirá dados sobre a região para orientar políticas públicas nos oito países cobertos pela floresta.

O presidente citou a intenção de ter um sistema de controle de tráfego aéreo integrado para auxiliar no combate a crimes na região, como garimpo e extração de madeira ilegais e grilagem.

“Na ausência do Estado, o narcotráfico se espalha e se torna vetor de crimes ambientais”, disse.

Lula ainda defendeu que é preciso valorizar o papel de prefeitos, governadores e parlamentares para definir e executar políticas públicas na Amazônia.

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