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domingo 17 de dezembro de 2023 às 07:28h

Kaspar Hauser era assassinado há exatos 190 anos

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No dia 17 de dezembro de 1833, Kaspar Hauser morria na cidade de Ansbach em consequência do esfaqueamento por um desconhecido. Cinco anos antes, segundo matéria da Deutsche Welle, ele aparecera em Nurembergue sem que ninguém soubesse de onde vinha.”Dizem que ele vinha de Nurembergue e não sabia falar uma palavra. Na praça do mercado, fizeram uma roda em torno dele para observá-lo. Uns diziam que ele era um animal, outros perguntavam o que ele queria aqui e que fosse para o diabo, fora com ele, fora com ele…”

Mas a curiosidade dos cidadãos de Nurembergue não deixou que o expulsassem naquela segunda-feira de Pentecostes em 1828. O poeta e filósofo Anselm von Feuerbach descreveu “um jovem com roupas de camponês, que estava ali parado numa postura muito estranha e tentava mover-se para a frente, parecendo um bêbado, sem erguer-se direito e sem conseguir controlar seus pés”.

Levado para o posto policial, ele foi incapaz de dar informações sobre si próprio: nem seu nome, nem de onde vinha, nem sua profissão puderam ser apuradas pelas autoridades. Suas respostas eram sempre frases sem nexo, mais gaguejadas que faladas. E, frequentemente, um “woas nit” (não sei, em dialeto bávaro).

Foi impossível obter mais dados sobre o estranho. Mas ele trazia consigo uma carta endereçada “ao excelentíssimo senhor capitão” de um determinado regimento militar. Soldados da Cavalaria teriam abandonado o jovem na praça do Mercado de Nurembergue.

O estranho, de aproximadamente 20 anos de idade, recebeu o nome de Kaspar Hauser. O destino desse “filho da Europa”, como foi chamado, comoveu a opinião pública do século 19 como poucos outros acontecimentos. Em todo o continente, as pessoas podiam ler nas gazetas e jornais o relato sobre o misterioso jovem que surgira do nada em Nurembergue.

Ainda hoje, inúmeros livros e teses, dramas cinematográficos e minisséries de televisão são produzidos, sempre com novas versões e interpretações da história. Mas, pelo menos um dos boatos pôde ser desmentido por médicos patologistas em 1998: o que afirmava que Kaspar Hauser seria filho da família nobre do Principado de Baden e que, em virtude de intrigas, teria sido trocado logo após o nascimento e crescera preso numa masmorra.

A história parecia plausível, pois o rapaz nascera provavelmente em 1812 e crescera em completo isolamento, sem contato com outras pessoas. Anselm Feuerbach, que também era jurista, falou de “crime contra a vida intelectual de um ser humano”. Mas Kaspar Hauser nada tinha que ver com a linhagem nobre dos príncipes de Baden, conforme ficou provado através do exame genético com as mais modernas técnicas.

Incontestável é, contudo, o fato de que o rapaz – desnorteado, inteiramente descuidado e quase demente ao ser encontrado – conseguiu absorver com êxito a mais progressista instrução escolar da sua época em apenas quatro anos. Aprendeu música e demonstrava talento para a poesia. Será, então, que tinha uma “origem de classe alta”? Quem sabe era, até mesmo, um filho de Napoleão?

Seja como for, Kaspar Hauser não viveu muito. Ele havia sido transferido para a cidade de Ansbach, nas proximidades de Nurembergue. Lá saiu a passear no dia 14 de dezembro de 1833, quando foi esfaqueado no peito por um desconhecido. Era o segundo misterioso atentado contra a sua vida, desde que ele aparecera na praça do Mercado de Nurembergue. Desta vez, ele só conseguiu sobreviver três dias ao esfaqueamento.

Embora real, a vida de Kaspar Hauser parece um produto de ficção. No local do seu assassinato, foi posta uma placa com dizeres em latim: Hic occultus occulto occisus est (“Aqui um misterioso foi assassinado de forma misteriosa”).

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