Quase metade da geração Z dos Estados Unidos aprova produtos feitos no Brasil. No segmento, com idade entre 18 e 26 anos, a taxa de avaliação positiva alcança segundo Victor Irajá, da Veja, 47%, superior em 12 pontos percentuais à registrada no total da amostra (35%). Entre os millennials, na faixa de 27 a 42 anos, o número é próximo, de 44%. No entanto, entre os mais velhos, a tendência é diferente – o índice cai para 31% entre os que integram a geração X — entre 43 e 58 anos — e para 25% entre os boomers, de 59 a 77 anos.
O resultado é parte do estudo sobre a imagem do Brasil junto a consumidores americanos, que inaugura a parceria entre Imagem Corporativa e Grupo Opinium Research, instituto de pesquisas sediado em Londres, que possui painéis representativos da população de vários países. Neste levantamento, foram realizadas 2000 entrevistas online e a margem de erro é de dois pontos percentuais. Segundo os dados, 38% tanto da geração Z quanto dos millennials afirmam já ter adquirido produtos ou serviços brasileiros. Entre os boomers, por exemplo, a maioria (55%) relata dificuldade em identificar a procedência, fenômeno que serve de alerta para estratégias de marketing de empresas brasileiras no mercado dos EUA.
Entre os mais velhos, tanto os produtos quanto o papel da economia americana no mundo são mais valorizados. Na escala de importância econômica, de zero a dez, os EUA alcançam 8,8 entre os que têm idade igual ou superior a 59 anos. E os produtos do país são aprovados por 88% no segmento. A geração X é a que menos avalia positivamente produtos da União Europeia e do Canadá. Já os boomers são mais críticos em relação aos produtos chineses – 31% os consideram ruins ou péssimos, o dobro da taxa observada entre os mais jovens.