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quarta-feira 30 de março de 2022 às 07:51h

Israel teme “onda” de violência após ataques armados

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O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, alertou nesta quarta-feira (30) segundo a AFP, para uma possível “onda” de violência, antes do enterro de duas das cinco pessoas mortas em um ataque executado por um palestino armado na região central do país.

As mortes de quatro civis e um policial em Bnei Brak, cidade ultrarreligiosa próxima de Tel Aviv, aconteceram no terceiro ataque fatal em Israel em uma semana.

Homem começou a atirar com fuzil e matou cinco pessoas e foi morto pela polícia – Foto: Reprodução

Bennett, que lidera uma coalizão heterogênea de governo, que reúne de judeus nacionalistas até árabes, afirmou que o país “enfrenta uma onda de terrorismo árabe assassino”.

O chefe de Governo também anunciou uma reunião nesta quarta-feira entre os principais funcionários da área de Segurança do país para revisar a situação.

“Diaa Armashah, de 27 anos, um palestino da cidade de Yabad (Cisjordânia), chegou à rua Jabotinsky em Bnei Brak armado com um fuzil M-16”, informou a polícia israelense em um comunicado.

Ao caminhar para uma rua próxima, ele atirou em dois ucranianos, de 32 e 23 anos, e depois matou dois israelenses antes de ser confrontado pela polícia – um dos agentes morreu no tiroteio.

A polícia anunciou que as forças de segurança permanecem em alerta máximo e que mobilizará unidades adicionais na Cisjordânia e arredores.

Condenação geral

O ataque de terça-feira aumentou para 11 o número de mortos em ataques em Israel na última semana, sem contar os criminosos.

As outras vítimas do ataque de terça-feira foram identificadas como Yaakov Shalom, de 36 anos, e Avishai Yehezkel, 29, ambos ultraortodoxos radicados em Bnei Brak, e Amir Khoury, 32, um policial árabe cristão.

Os dois ucranianos não foram identificados pelos nomes, mas a embaixada do país em Israel confirmou a nacionalidade e condenou os “atrozes ataques terroristas”.

Quase 15.000 ucranianos vivem em Israel, mas desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, o país recebeu 20.000 refugiados procedentes da ex-república soviética, de acordo com o ministério do Interior.

Uma fonte diplomática ucraniana afirmou à AFP que as vítimas moravam há anos em Israel, e não eram refugiados da guerra.

Os funerais de Yehezkel e Shalom aconteceram durante a manhã de quarta-feira. Khoury será sepultado na quinta-feira em Nazaré.

O presidente palestino Mahmud Abbas, que controla a Cisjordânia ocupada, expressou uma incomum condenação aos ataques.

“O assassinato de civis palestinos e israelenses apenas agrava a situação, quando nos esforçamos para conseguir a estabilidade”, afirmou em um comunicado divulgado pela agência oficial palestina Wafa.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, condenou o “ataque terrorista” e chamou a recente onda de violência em Israel de “inaceitável”.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou que “tais atos de violência nunca podem ser justificados e devem ser condenados por todos”.

 Onda de ataques

No domingo passado, dois policiais foram mortos a tiros na cidade de Hadera, norte do país. O ataque foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), que, desde 2017, não assumia oficialmente a responsabilidade por nenhum ataque dentro do território israelense. Os dois autores foram mortos.

Em 22 de março, uma pessoa ligada ao Estado Islâmico matou a facadas e com um veículo quatro israelenses, dois homens e duas mulheres, na cidade de Beersheva (sul de Israel).

O agressor foi identificado como um professor condenado em 2016 a quatro anos de prisão por planejar viajar à Síria para lutar ao lado do EI e fazer apologia desta organização.

O movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, considerou que o ataque de domingo foi uma “resposta natural e legítima à ocupação” e aos “crimes” de Israel.

Os ataques executados na terça-feira perto de Tel Aviv aconteceram no momento em que o ministro israelense da Defesa, Benny Gantz, faz uma visita à Jordânia para tentar assegurar a calma nos Territórios Palestinos durante o mês sagrado do Ramadã.

As tensões aumentaram no ano passado durante o mês de jejum, que começa em abril, entre as forças israelenses e palestinos que visitavam a mesquita de Al Aqsa em Jerusalém Leste, o que provocou 11 dias de conflito armado entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

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