Um gigante metálico com 72 metros de comprimento e capacidade de deslocamento de 1,8 mil toneladas chegará ao mar pela primeira vez na próxima sexta-feira (11). Conforme reportagem da Agência Brasil, se trata do Humaitá, o segundo de quatro submarinos convencionais que estão sendo construídos no País dentro do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). O quarteto é o primeiro passo para a fabricação de um modelo com propulsão nuclear, previsto para ser entregue na próxima década.
O projeto está sendo colocado em prática na cidade de Itaguaí, no litoral fluminense. O primeiro submarino, o Riachuelo, já está em fases de testes no mar e deverá se incorporar à frota da Marinha em meados do próximo ano. O Humaitá, por sua vez, está na fase final de integração de seus equipamentos e sistemas. No dia 11, ele deixará o estaleiro por intermédio de um grande elevador e tocará o mar pela primeira vez. A expectativa é a de que o presidente Jair Bolsonaro esteja presente no batismo.
A Marinha espera que os quatro submarinos convencionais se unam à frota brasileira até 2024. Trata-se de uma adaptação do modelo francês Scorpène. O Humaitá tem cerca de cinco metros a mais, o que possibilita maior capacidade de combustível e mantimentos, dando assim maior autonomia de navegação. A estimativa é a de que a embarcação consiga navegar com mais de 30 tripulantes por até 80 dias.
O Prosub foi lançado em 2008 a partir de acordos firmados entre o Brasil e a França. O programa prevê toda a transferência de tecnologia, o que permitirá futuramente que o País tenha total autonomia na construção de submarinos.
Para construir esses equipamentos de guerra, o Prosub incluiu também a construção de um grande complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que foi erguido em Itaguaí.
Marco. O projeto é considerado um marco para a Marinha brasileira. A expectativa é a de que os quatro submarinos convencionais que estão sendo construídos estejam integrados à frota do País até o ano de 2024.
Assim, eles se unirão aos cinco modelos mais antigos que operam atualmente. “É um número considerável para nós. Atende a todas as nossas necessidades e ajuda a demonstrar a força do nosso País”, diz o capitão de Mar e Guerra Otávio Paiva. Quando os submarinos convencionais estiverem prontos, será a vez de o projeto do primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil ser efetivamente colocado em prática. Mantido o cronograma, ele deverá ficar pronto em 2033.