O presidente Lula da Silva(PT) é o candidato do governo para a eleição presidencial de 2026 e é, por ora, o único nome competitivo para enfrentar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — caso ele consiga reverter a sua condição de inelegível junto à Justiça — ou candidatos apadrinhados por ele. É o que mostra levantamento feito entre os dias 7 e 10 de janeiro pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta segunda-feira, 13.
De acordo com a pesquisa, nomes como os dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e de Camilo Santana (Educação) e o da presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, teriam dificuldades para vencer a disputa presidencial.
Haddad, que foi candidato a presidente em 2018 e chegou ao segundo turno contra Bolsonaro, é a alternativa mais competitiva, mas seu futuro depende muito do comportamento da economia, cujo cenário hoje é preocupante. Dois cenários foram testados com o ministro. No primeiro deles, em disputa contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ele teria 18,1% das intenções de voto, contra 26,6% do ex-ministro de Bolsonaro, e ficaria em terceiro lugar — quem aparece em segundo lugar é o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 23,7%. No segundo cenário, a disputa é contra Michelle Bolsonaro: a ex-primeira-dama aparece com 29,5%, em primeiro lugar, seguida por Ciro Gomes (21,7%) e Haddad com 17,9%.
A testagem com Camilo Santana foi feita contra Tarcísio como principal adversário: o ministro da Educação, ex-governador e senador licenciado pelo Ceará, aparece com apenas 6,9% dos votos. Nesse caso, há um empate técnico e numérico pela liderança: tanto Tarcísio quanto Ciro Gomes têm 27,8%. Na sequência, figura o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 8,8%.
Já o cenário com Gleisi Hoffmann testou Michelle Bolsonaro como adversária do petismo. A ex-primeira-dama aparece com 30% dos votos, seguida por Ciro Gomes (26,1%), Ronaldo Caiado (8,7%) e Gleisi (8%).
Lula versus Bolsonaro
A pesquisa mostrou também que Lula e Bolsonaro travariam um duelo bastante equilibrado em uma eventual disputa ao Palácio do Planalto em 2026. O ex-presidente está hoje inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas tenta reverter a sua situação com recursos ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em dois cenários de primeiro turno, ambos estão empatados tecnicamente.