A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, avalia abandonar a Câmara dos Deputados para disputar o Senado Federal se a Justiça Eleitoral decidir pela cassação da chapa do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e a realização de um novo pleito no Paraná. “Se tiver eleições nessa vacância da cassação de Sergio Moro, o PT apresentará candidatura, sim. Meu nome é um dos que estão colocados”, afirmou à Lara Alves, do portal Itatiaia. “Mas, temos que discutir internamente com o partido e com os aliados para decidir a melhor estratégia”, completou.
O PT é um dos autores da ação conjunta que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e sugere a cassação da chapa de Moro e a inelegibilidade do político pelo período de oito anos. O outro autor é o PL. Os partidos acusam o senador de abuso de poder econômico na disputa eleitoral passada.
O julgamento deve ser concluído nesta segunda-feira (8), segundo previsão do TRE. Se os desembargadores eleitorais decidirem pela cassação, Moro ainda poderá permanecer no cargo enquanto recorre à própria corte e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O júri está suspenso desde quarta-feira (3) graças a um pedido de vista da desembargadora eleitoral Claudia Cristina Cristofani. A sessão foi encerrada com placar empatado: o relator Luciano Falavinhas votou na segunda-feira (1º) contra a cassação de Moro; na contramão, o desembargador José Rodrigo Sade abriu divergência e se manifestou a favor da cassação da chapa e da inelegibilidade do político.
Outros quatro desembargadores ainda manifestarão seus votos na segunda-feira (8), data prevista para a conclusão do julgamento. O presidente da Corte, Sigurd Roberto Bengtsson, só se manifestará se houver empate.