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Coronel Jorge Eduardo Naime presta depoimento na CPMI dos atos do 8 de janeiro — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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terça-feira 5 de dezembro de 2023 às 10:57h

Ex-comandante da PMDF preso por 8 de janeiro passa mal em presídio e é levado para hospital

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O coronel Jorge Eduardo Naime, preso por suposta omissão em relação aos atos do dia 8 de janeiro, passou mal nesta segunda-feira e precisou ser levado a uma unidade de saúde. Segundo relato nas redes sociais de Maria Adôrno Naime, mulher do militar, sentiu “dores fortes no peito”. A PMDF confirmou a Fernanda Alves, do O Globo, o atendimento médico e informou que o ex-comandante da corporação já foi levado de volta para a unidade prisional.

“Coronel Naime acaba de ser encaminhado para o hospital com dores fortes no peito. Na última sexta-feira, foi diagnosticado com tromboflebite aguda na veia cefálica. Com as dores evoluíram, há um risco grande do trombo ter deslocado a ameaça de embolia”, escreveu Mariana Adôrno Naime.

O ex-chefe do departamento operacional foi preso em fevereiro, na operação Lesa Pátria. O militar, que era responsável pela corporação no dia dos ataques golpistas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Praça dos Três Poderes, é investigado por suspeita de omissão no planejamento dos atos. Ele foi afastado do cargo pelo ex-interventor federal Ricardo Cappelli, no dia 10 de janeiro, dois dias após os ataques.

O militar tinha pedido folga do trabalho às vésperas dos ataques golpistas e estava fora capital federal no momento do incidente, precisando ser chamado às pressas para conter os invasores. Ele fez a solicitação de folga no dia 3 de janeiro. No pedido, o oficial demandava a dispensa até 8 de janeiro. A aprovação do pedido foi assinada no dia 5 pelo gabinete do então comandante-geral da PM-DF, Fábio Augusto Vieira. Vieira foi exonerado e preso por suspeita de omissão, mas depois o ministro do STF Alexandre de Moraes revogou a prisão de Vieira.

Em nota, a defesa do coronel afirmou, na época, que “Naime agiu conforme a lei e a técnica, realizando todas as prisões ao alcance das condições materiais com as quais contava no momento” e que “o avanço das investigações demonstrará a inocência do Coronel, que há 30 anos presta serviços relevantes à população do Distrito Federal”.

A mulher do coronel, Mariana Adorno Naime, mantinha um cargo de coordenadoria no Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres, que também está preso sob a acusação de omissão. Ela foi nomeado três meses depois que Torres assumiu a pasta, em junho de 2021, para o cargo de “coordenador da política de integração da Coordenação-Geral de Políticas para as Instituições de Segurança Pública”. Deixou o posto em março de 2022, quando foi exonerada a pedido, segundo o Diário Oficial da União.

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