domingo 12 de maio de 2024
O presidente Lula durante reunião da Cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/Canal Gov
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quinta-feira 7 de dezembro de 2023 às 13:28h

Essequibo: Lula preocupado diz que Mercosul não pode ficar ‘alheio’ ao tema na região

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta quinta-feira (7) que acompanha com “crescente preocupação” a situação em Essequibo, região da Guiana que é alvo de disputa com a Venezuela.

A fala foi durante a abertura da 63ª edição da reunião de cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul – bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela –, no Rio de Janeiro. Segundo Lula, o grupo não pode ficar “alheio” à situação.

O presidente reforçou a posição do Mercosul como uma zona de paz e cooperação, e submeteu aos países integrantes do grupo uma minuta de declaração sobre o tema, acordada entre os chanceleres dos Estados participantes.

Também afirmou que o Itamaraty pode sediar quantas reuniões for necessário para mediar a questão.

“Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e à estabilidade. Enfatizo a importância de que as instâncias da Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos] e da Unasul [União de Nações Sul-Americanas] sejam plenamente utilizadas para o encaminhamento pacífico dessa questão”, disse.

“Uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra. Não precisamos de guerra, não precisamos de conflito. O que nós precisamos é construir a paz, porque somente com muita paz a gente pode desenvolver os nossos países”, afirmou.

A tensão na região aumentou após o referendo que a Venezuela realizou, no domingo (3), sobre a anexação de Essequibo. O território, maior que a Inglaterra, atualmente é controlado pela Guiana, mas o governo venezuelano reivindica a região como parte de seu país.

Acordo Mercosul-UE

Durante o discurso inicial, Lula afirmou que “tem que continuar tentando” o fechamento do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O presidente disse que tinha o “sonho” de concluir a negociação de revisão de trechos do acordo, o que não se concretizou.

Lula criticou ter herdado uma versão dos termos acertada em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro no Brasil e de Mauricio Macri na Argentina.

“A versão era inaceitável porque nos tratava como se nós fôssemos seres inferiores, como se nós fôssemos países colonizados ainda”, disse.

“As resistências da Europa ainda são muito grandes. Estranho a falta de flexibilidade deles de entender que nós temos ainda muita coisa para crescer”, afirmou Lula.

Segundo o presidente, os países europeus precisam entender que o Mercosul deseja se industrializar e vender produtos com maior valor agregado. Lula também afirmou que a União Europeia precisa reconhecer a “credibilidade” dos mecanismos que monitoram o desmatamento na região.

“Não existe nada que seja impossível a gente concretizar, mesmo essa tentativa de acordo com a União Europeia, está durando há 23 anos, mas a gente tem que continuar tentando fazer acordo com a União Europeia”, disse.

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